A reunião do órgão dirigente decorre esta noite, na sede nacional do PS, em Lisboa, depois de Carneiro ter ouvido o grupo parlamentar sobre o documento orçamental entregue pelo Governo na Assembleia da República na semana passada.
Segundo o líder socialista, a posição do partido assenta na necessidade de “assegurar a estabilidade do país”, defendendo o que designa como uma “abstenção exigente”, que permite viabilizar o documento do Governo liderado por Luís Montenegro.
“O documento entregue pelo Governo na Assembleia da República satisfaz as condições básicas colocadas pelo Partido Socialista ao primeiro-ministro. Cumpridas essas exigências, o PS deverá honrar a palavra dada aos portugueses, não se constituindo como um fator de instabilidade política”, afirmou José Luís Carneiro.
Ainda assim, o secretário-geral do PS fez questão de distinguir o posicionamento político do partido em relação ao conteúdo da proposta orçamental: “assumimos sem tibiezas que este não é o Orçamento do PS. Com o Governo do PS este seria um orçamento substancialmente diferente nas medidas e nos objetivos. Este é um Orçamento que não responde às nossas opções de política económica, não responde às nossas opções de política social, não responde à nossa visão de desenvolvimento do país, nem às nossas opções estratégicas nos diversos setores de atividade”, sublinhou.
Carneiro classificou ainda o documento como “um Orçamento vazio de ambição e de conteúdo”, criticando a ausência de uma estratégia clara para melhorar a economia e a vida das famílias, e concluindo que o Executivo acaba por “admitir que falhou na política económica”.
