A informação foi confirmada pelo inspetor-geral Carlos Caeiro Carapeto, à CNN Portugal.
De acordo com o JN, a administração da Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho, à qual o hospital pertence, também iniciou “averiguações internas” para apurar as circunstâncias do parto, ocorrido na tarde de sábado.
Fernanda Fernandes, de 40 anos, chegou à unidade com contrações e dores intensas, mas acabou por ser enviada para casa. A mulher, que já é mãe de duas crianças, e alertou a equipa médica de que “faz dilatações rápidas”, mas, ainda assim, recebeu alta. O parto evoluiu de forma súbita, obrigando Fernanda a regressar ao hospital, onde acabou por dar à luz na receção, de cócoras, enquanto uma funcionária insistia na necessidade de concluir o processo de admissão.
O pai, Frederico Fernandes, contou que o bebé “caiu no chão de cabeça” e acusou o hospital de “grave negligência no atendimento”, tendo apresentado queixa junto de várias entidades. Já a diretora clínica da ULSGE, Ana Margarida Fernandes, afirmou às televisões que “não há testemunhas que tenham visto” a criança bater com a cabeça no chão.
Segundo a administração, foram realizados exames de precaução, incluindo duas ecografias e uma TAC, que não detetaram qualquer lesão. O recém-nascido teve alta da neonatologia e foi transferido para observação em pediatria.
O caso motivou não só uma investigação interna da ULSGE, mas também a intervenção oficial da IGAS, que pretende apurar responsabilidades e esclarecer as circunstâncias do parto na receção do Hospital Santos Silva.
