Numa guerra nunca haverá vencedores ou vencidos. Somos todos perdedores.
De todos, os mais afetados serão sempre as milhões de pessoas que vêm os seus Direitos colocados em causa. Tornarem-se transparentes perante a humanidade, ou a falta dela.
Crianças em situação de pobreza extrema, expostas aos mais diversos tipos de violência, que padecem da maldade insana, de quem não tem em si qualquer traço de humano. De empatia. De quem está longe de ter a vulnerabilidade de transportar sentimentos.
Tudo o que a comunicação social possa transmitir nos mais diversos meios, nunca se poderá aproximar da real profanação da maldade em solo de guerra.
Na sua grande maioria, estes crimes são cometidos em off, onde as portas nunca estão entreabertas, onde os gritos são abafados, onde as violações são cometidas e a tortura colocada em ação.
Tenho a sensação que nenhum de nós olha para este flagelo como um problema nosso. Comum. De todos!
Cada guerra em Espaço Europeu e Internacional, cada conflito em qualquer ponto do território Mundial, é um problema comum. Exige uma consideração universal. Uma solução global.
As chamadas crianças- soldado parecem ser um tema nulo para a comunicação social. O aumento exponencial e desumano de crianças usadas como arremesso de guerra em conflitos armados, as consequências que advêm desta violação intrínseca aos Direitos Humanos e o reflexo na vida futura, urge a necessidade de abordagem desta temática e consequente investigação de dados e estatísticas do numero de afetados, das lacunas da lei como promotora da limitação à violação dos Direitos Humanos e nas soluções e por sua vez falhas, apresentadas pelas entidades Europeias e Mundiais com competência de auxílio no travão a este flagelo.
Transcrevendo António Guterres “a proteção das crianças pode unir as partes em conflito e criar confiança e paz”. Estará o Mundo a fazer o seu papel? Estará a lei a ser eficaz e proibitiva no que toca ao ultrapassar de barreiras que tornam o Mundo num local segundo e de harmonia social? Haverá algum interesse que possa ser superior ao interesse da criança? Estarão as lacunas da lei, a ter mais evidência do que as suas soluções?
Joana Mourisco