O concerto inaugural fica a cargo da Orquestra do Norte, que sobe ao palco do auditório do Ponto C no dia 1 de julho, às 21h30, sob direção de José Eduardo Gomes. Já no dia 4, a voz inconfundível de Carminho toma conta do espaço com “Portuguesa”, o álbum nomeado para um Grammy Latino e que inclui o tema “O Quarto”, presente no premiado filme Poor Things.
O programa prossegue com recitais de música erudita e contemporânea. No dia 5, os irmãos Fernando e Luís Costa apresentam “Canção de maio & outras breves”, com destaque para obras portuguesas e da compositora Anne Victorino d’Almeida. No dia seguinte, Rodrigo Teixeira apresenta “Decantar e outros encontros”, com a estreia de uma peça de Francisco Lucena Pais, seguido pelo concerto dos L-Blues, quinteto de Barcelos que cruza blues, rock e folk.
António Victorino d’Almeida protagoniza, no dia 7, um concerto a solo improvisado no Centro Paroquial de Peroselo. A 8 de julho, o Quarteto Caleidoscópio apresenta a peça encenada “Vórtice (para o fim de um tempo 2.0)”, enquanto no dia seguinte, dois pianistas da escola russa — Pedro Emanuel Pereira e Rem Urasin — revisitam repertórios portugueses e do compositor Mikis Theodorákis.
A programação encerra a 10 de julho com uma homenagem a Carlos Paredes pelo pianista Mário Laginha, acompanhado por Julian Argüelles (saxofone), Romeu Tristão (contrabaixo) e João Pereira (bateria), num encontro entre o jazz e a guitarra portuguesa.
A pensar nos mais novos, o festival propõe “Das gavetas nascem sons”, uma instalação sonora interativa disponível nos dias 2, 5, 6 e 10 de julho, onde o público é convidado a explorar sons e materiais diversos num “instrumento-poema”.
Para Mónica Guerreiro, diretora artística do Ponto C, o Setentrional é “uma grande celebração da música portuguesa, ao nível da interpretação e da composição”, sublinhando a intenção de tornar o Ponto C num “palco privilegiado para vários géneros de música”, referiu.