A iniciativa foi apresentada pelos municípios de Gondomar e da Póvoa de Lanhoso, os dois principais centros de produção desta arte ancestral no país.
Resultado de um trabalho conjunto iniciado em 2016, com a assinatura de um protocolo de cooperação entre os dois municípios, a candidatura pretende salvaguardar e valorizar uma técnica artesanal única, que transforma finos fios de ouro e prata em delicadas peças de rendilhado, de grande beleza e complexidade. Em 2018, este saber tradicional foi oficialmente certificado e, em 2023, integrado no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
“A submissão da candidatura da Filigrana de Portugal à UNESCO constitui um compromisso com a salvaguarda e valorização de um legado cultural de excecional importância. É igualmente o reconhecimento do trabalho e do saber acumulado de gerações de mestres filigraneiros, cuja dedicação e excelência merecem ser preservadas, promovidas e transmitidas às futuras gerações”, destacam os dois municípios em comunicado conjunto.
Transmitida de geração em geração, a filigrana continua a ser mantida viva por mestres artesãos que preservam técnicas seculares e contribuem para o enriquecimento do património cultural português. Além do seu valor artístico, a filigrana representa um símbolo identitário das comunidades locais e da excelência do artesanato nacional.
Com esta candidatura, Gondomar e Póvoa de Lanhoso reafirmam-se como guardiões desta expressão única da ourivesaria tradicional portuguesa, promovendo a sua preservação e projeção a nível internacional.