Com os motores afinados, assim arrancou a 27.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés. A primeira etapa, entre Penafiel e Alcobaça, de um percurso 426 quilómetros repletos de curvas, tradições, paisagens e encontros improváveis marcaram o arranque da maior peregrinação moto turística do país, organizada pela Federação de Motociclismo de Portugal.
O verdadeiro “banquete” deste percurso, cruzando cinco distritos, oito serras e mais de uma dezena de rios. Do café da manhã tradicional servido pelas senhoras do Grupo de Cantares de Abragão até à chegada triunfal em frente ao Mosteiro de Alcobaça.
A edição de 2025 volta a reforçar a essência do Lés-a-Lés: dar a conhecer o Portugal mais escondido. Com animação popular, património cultural, gastronomia local e um sem-fim de histórias fascinantes, como a lenda do “morto que matou o vivo” no Portal do Inferno ou a receção medieval em Aljubarrota, os cerca de 1300 participantes foram desafiados a viver o país com todos os sentidos.
E entre cada paragem conta umas histórias improváveis ganhavam vida. Como a de Cláudio, português emigrado na Arábia Saudita, que convenceu um amigo italiano e a companheira argentina a virem explorar Portugal em duas rodas.
Na chegada à aldeia de Drave ou os passadiços do Paiva, também houve espaço para adrenalina e desafio físico. Da travessia da Barragem do Carrapatelo à estreia de Arouca como “Oásis” no mapa do evento, o percurso foi uma verdadeira viagem no tempo e na geografia. Paragens como São Pedro do Sul, a ponte 516 Arouca, o Museu das Trilobites ou o Castellum de Alcabideque mostraram que cada quilómetro reserva algo único.
A chegada a Alcobaça, as motos estacionadas frente ao Mosteiro, caminhada até ao mercado municipal, e uma ajuda profissional da equipa de osteopatas da Osteomotus para aliviar os efeitos físicos da longa jornada.
Depois da “Peregrinação ao Mosteiro”, segue-se a segunda etapa: 275 quilómetros entre Alcobaça e Portalegre, num trajeto “de lado a lado” pelo coração do país.