O pódio ficou completo com Kalle Rovanperä (Toyota), em terceiro. Armindo Araújo (Škoda) foi, pela 14.ª vez, o melhor piloto português.
O piloto francês da Toyota, que já tinha vencido a prova portuguesa em 2010, 2011, 2013, 2014 e 2017, regressou este ano após ter falhado a edição de 2023. Aos 40 anos e em regime de participação parcial no Mundial de Ralis (WRC), Ogier mostra que continua a ser um dos grandes nomes da modalidade.
Desde que se afastou das competições a tempo inteiro no final de 2021, depois de conquistar o seu oitavo título mundial, Ogier tem feito participações pontuais, somando já seis triunfos nesse período: um em 2022 (Espanha), três em 2023 (Monte Carlo, México e Quénia) e dois em 2024 (Croácia e Portugal).
Natural de Gap, Ogier começou a sua ligação aos ralis ao ver os troços do Monte Carlo passarem à porta de casa. Ex-mecânico e instrutor de esqui, o francês iniciou a carreira no programa de deteção de talentos Rally Jeunes, destacando-se rapidamente. Em 2009 já corria no WRC pela Citroën Junior Team e, no ano seguinte, conquistava a sua primeira vitória, precisamente em Portugal.
No entanto, a sua relação com a Citroën foi marcada por tensões, especialmente pela convivência com Sébastien Loeb. Sentindo-se limitado na luta pelo título, Ogier deixou a marca francesa em 2011 e apostou no projeto da Volkswagen. Em 2013, com o Polo R WRC, conquistou o seu primeiro título mundial.
Com a saída da Volkswagen do Mundial, Ogier passou pela M-Sport (Ford), regressou brevemente à Citroën em 2019, mas voltou a sair após um ano sem sucesso, rumando à Toyota, onde reencontrou o caminho das vitórias. Em 2021, somou o seu oitavo título, ficou a apenas um do recorde de Loeb.
Com este novo triunfo em solo português, Sébastien Ogier não só quebra um recorde que durava há sete anos como reforça o seu estatuto como um dos maiores de sempre no WRC. É também o segundo piloto mais vitorioso da história da modalidade.