Embora seja natural dos Estados Unidos, Prevost desenvolveu grande parte do seu percurso religioso na América Latina, com especial destaque para o Peru. Nesse país, afirmou-se como figura de relevo, o que lhe permitiu ascender aos mais altos cargos da Cúria Romana.
Robert Francis Prevost ingressou na vida religiosa aos 22 anos. Concluiu os estudos em Teologia na União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, partiu para Roma, onde prosseguiu a formação em Direito Canónico na Universidade de São Tomás de Aquino.
Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos mais tarde, iniciou a sua missão no Peru, primeiro em Piura, depois em Trujillo, onde permaneceu durante uma década, incluindo o período do regime autoritário de Alberto Fujimori. Nessa fase, chegou a exigir desculpas públicas pelas injustiças praticadas pelo governo.
Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, onde acabou por ser ordenado bispo, função que exerceu durante nove anos. Nesse tempo, enfrentou a maior polémica do seu percurso: em 2023, três mulheres acusaram-no de ter encoberto casos de abuso sexual cometidos por dois padres no Peru, quando ainda eram crianças.
Durante a sua permanência no Peru, Robert Francis Prevost exerceu funções de relevo na Conferência Episcopal do país. Mais tarde, foi nomeado para a Congregação do Clero e, posteriormente, para a Congregação para os Bispos.
Em 2023, foi elevado a cardeal, título que manteve durante menos de dois anos antes de ser eleito Papa, uma ascensão pouco comum na Igreja Católica dos tempos modernos.