Durante a sua intervenção, o autarca destacou o impacto positivo da nova infraestrutura na mobilidade e no desenvolvimento da região, sublinhando que a sua concretização representa “o resultado de uma das muitas lutas que há tantos anos os autarcas da região do Tâmega e Sousa têm travado”.
Apesar do avanço que esta obra representa, Nuno Pinto alertou para os atrasos crónicos nos investimentos públicos estruturantes no território do Tâmega e Sousa. “Durante demasiado tempo, a falta e o atraso na concretização de investimentos prometidos colocaram a nossa região, com mais de 410 mil portugueses, em desvantagem competitiva”, lamentou, defendendo uma “diferenciação positiva” para inverter essa tendência.
O Vereador aproveitou a ocasião para reiterar a necessidade de construir uma nova travessia sobre o rio Tâmega, no Marco de Canaveses, apontando-a como uma solução de médio e longo prazo para os congestionamentos rodoviários que afetam diariamente os habitantes e os agentes económicos da região. “Toda a mobilidade regional depende de uma única travessia, sobrecarregada e incapaz de responder
às necessidades atuais. É urgente planear uma nova ponte com visão estratégica e abrangente”, defendeu.
Como solução de curto prazo para mitigar os problemas de mobilidade, Nuno Pinto destacou ainda a construção do viaduto sobre a EN211, junto à ponte de Canaveses, classificando-a como “uma intervenção urgente”. Esta solução foi formalizada num acordo escrito celebrado em 2021 entre a Câmara Municipal e a Infraestruturas de Portugal, prevendo que o Município executasse e financiasse 50% do projeto de execução. Após a conclusão do projeto e a sua aprovação pela IP, surgiram dois novos procedimentos, impostos por alterações legais: a obrigatoriedade de uma auditoria de segurança e a revisão do projeto. A autarquia assumiu de imediato a responsabilidade pela auditoria, enquanto a Infraestruturas de Portugal ficou encarregue da revisão. Concluídos ambos os processos e aprovado o projeto com as devidas alterações, realizou-se uma reunião, em setembro de 2024, com o Ministro das Infraestruturas. Nessa reunião, e de acordo com o protocolo de 2021, ficou estabelecido que competiria ao Governo lançar o concurso público da obra. O Vereador sublinhou que “a Câmara Municipal já fez a sua parte do acordo. Esta é uma intervenção fundamental para melhorar a fluidez do tráfego e a segurança rodoviária”, afirmou Nuno Pinto.
Com um investimento de 14,7 milhões de euros, financiado pela União Europeia através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a obra terá um prazo de execução de 420 dias.