A exposição, que estará patente na Casa da Terra até 10 de junho, conta com a curadoria da Artista Plástica, Carminda Andrade e foi organizada pela Associação Andorinha Astuta com o apoio da Câmara Municipal de Celorico de Basto.
Este momento cultural procura, segundo Carminda Andrade, “reforçar a importância do associativismo na promoção cultural, na valorização da arte e das diferentes manifestações artísticas. Esta forma de elevar a cultura, de a reproduzir, de a dar de forma efetiva à comunidade é o mote do nosso trabalho na Andorinha Astuta. Felizmente, temos conseguido alcançar as metas a que nos propomos, sempre em articulação com o Município, o Sr. Presidente da Câmara e a Sra Vereadora da Cultura, que muito nos apoiam e incentivam. E estamos completamente imbuídas no espírito criativo, com o objetivo de fomentar o enriquecimento cultural da nossa comunidade, através das artes e do património”.
A cultura é “a força motriz de uma comunidade desenvolvida e temos que ser capazes de olhar para quem quer fazer cultura, para quem quer promover a arte e ajudá-los a fazer o caminho. A Andorinha Astuta tem feito o seu caminho, um caminho de resiliência, com criatividade, e muito dinamismo. Esta exposição é sinal da capacidade promotora de cultura e de arte, que esta associação, impulsionada pela curadora desta exposição, tão bem promove e incentiva à sua efetivação. Bem-hajam pelo trabalho que desenvolvem” disse o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima.
Durante a cerimónia, a curadora leu um texto de Filomena Bento, escrito em 1994, onde a artista descreve a pintura como um ato de expor a alma, descobrir o que vem de dentro e dar forma ao inesperado. Explicou que a exposição “Estava escrito nas manchas” é composta por obras criadas a partir de 2019, nascidas de manchas aleatórias, sem esboço prévio, revelando figuras e sentidos ocultos.
A mostra é acompanhada pelo livro “MARI”, da escritora Betina Ruiz, ilustrado por Filomena Bento. Betina vê esta obra como uma herança do seu trabalho com a pintora e uma reflexão sobre a forma como as mulheres se expressam, inspirada nas Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado.
Esta exposição estará patente até ao dia 10 de junho e contará, ao longo deste período, com uma série de atividades. A referir, dia 19 de maio, a artista plástica, Carminda Andrade promove uma visita guiada e uma aula aberta sobre o reconhecido pintor Vicent Van-Gogh. No
dia 22 de maio, a pintora Filomena Bento promove, das 17h00 às 18h00, uma aula aberta sobre “luzes e sombras do Barroco” – Caravaggio e Vermeer. Das 16h às 17h00 decorre uma aula aberta sobre as cartas portuguesas de Mariana Alcoforado amplamente estudadas pela
professora e escritora Betina Ruiz. Momentos que exaltam a arte e a literatura do século XVII.No dia 23 de maio, a “Arte e a Matemática” misturam-se nesta exposição. A pintora Filomena Bento associa-se aos professores de matemática do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto, Filomena Esteves e Jorge Vasconcelos, e promovem uma aula aberta para a
comunidade e para os alunos do 11º ano do curso de Artes Visuais sobre a “Arte e a Matemática”. Já no dia 26 de maio, das 15h00 às 18h00, a Universidade Sénior de Celorico de Basto promove uma tarde aberta a comunidade com duas aulas, uma de pintura e outra de
música.