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Terrenos vendidos sem consentimento: Quem ficará a lucrar?

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Em Baltar, no concelho de Paredes, terrenos privados foram ocupados por máquinas para terraplanagens e abate de árvores, sem o consentimento dos legítimos proprietários. A Câmara Municipal de Paredes celebrou, em dezembro de 2023, um contrato-promessa de venda de cerca de 60 mil m² de terreno à empresa Renimogal, dos quais mais de 40 mil m² pertencem a privados, incluindo a família de José Moreira. Esta venda foi feita sem o conhecimento ou autorização de todos os proprietários, levantando questões sobre a legalidade e a forma como as intervenções foram realizadas.

Um dos proprietários recusou-se a o terreno a um preço abaixo do mercado, a Câmara avançou com um processo de expropriação, oferecendo 25€/m², muito abaixo do valor estipulado pelos proprietários. A Edilages S.A., empresa responsável pelas obras, afirmou agir conforme as instruções dos seus clientes, mas documentos indicam uma ligação entre a Edilages e a Renimogal, o que levanta dúvidas sobre a transparência do processo. O caso envolve questões jurídicas e éticas sobre a venda de terrenos que não pertencem à autarquia e sobre as ações de empresas privadas em propriedades alheias, sem o devido consentimento dos donos.