Francisco, o homem que revolucionou o mundo católico

Francisco, o homem que revolucionou o mundo católico
Francisco era um homem vanguardista que reformou o mundo católico, através da sua simplicidade e proximidade.   

Jorge Mário Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1936, numa família de origem italiana.

Licenciou-se em Química, mas a sua vocação encaminhou-o para a vida religiosa, aos 22 anos, ingressou na Companhia de Jesus, primeiro no Chile e depois em Buenos Aires onde, em 1963, terminou o curso de Filosofia.

No dia 13 de março de 2013, foi eleito Papa sobre o nome de Francisco I, o primeiro papa que veio do continente americano, o primeiro Jesuíta a sentar-se na cadeira do Pedro.

Desde então, a Igreja Católica abriu as portas para todos. Quebrou muitas vezes o protocolo para estar perto dos seus: “as crianças trazem vida, alegria, esperança e também problemas, Vida é assim! Certamente trazem também preocupações, mas é melhor uma sociedade, com estas preocupações e estes problemas, do que uma sociedade triste e cinzenta porque permaneceu sem filhos”.

Esteve sempre na linha da frente a apelar á paz, principalmente, na guerra da Ucrânia e na do Meio Oriente “neste tempo ainda mercado pela guerra, peço-vos que sejam artesão da paz. Numa sociedade, ainda aprisionada pela cultura do descarte, peço-vos, que sejam protagonistas da inclusão. Num mundo assolado por crises globais, peço-vos que sejam construtores do futuro para que a nossa casa comum se torne um lugar de fraternidade”.

O pontífice de Francisco foi marcado pela transparência, assuntos que até então era um tabu, como os casos de abusos sexuais foram punidos: “Os abusos contra os menores constituem um dos mais vis e nefastos crimes possíveis (…) Trata-se de crimes abomináveis que devem ser erradicados da face da Terra”.

“A Igreja é um lugar para Todos, todos, todos!”, Papa defendia que a Igreja era um espaço de inclusão, seja qual for a orientação sexual ou o grupo socioeconómico a que pertence, há espaço para todos: “se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?”. A pobreza é outro ponto que em particular tocava o coração de Francisco “a pobreza em abstrato não nos interpela, mas faz-nos pensar, faz-nos lamentar. Mas quando vemos a pobreza na carne de um homem, de uma mulher, de uma criança, isto sim, interpela-nos!”.

O Papa Francisco é recordado por muitos como um homem bondoso, amigável e chegou até mesmo a ser comparado pelo ator Roberto Benigni, como a sininho do Peter Pan.

O Santo Padre mudou a forma de ver a igreja com afirmações como “podemos até rir de Deus. É claro que sim! E isso não é blasfémia. Tal como brincamos e fizemos piadas com as pessoas que amamos.”