Esta iniciativa tem como objetivo dar ênfase à palavra, criatividade e a imaginação, proporcionando uma experiência enriquecedora aos que desfrutaram desta oferta cultural.
Marcelo Rebolo de Sousa recorda os seus tempos de quando era autarca em Celorico de Basto, onde criou a então denominada Feira do Livro: “quando eu era autarca neste concelho, entendi, porque sou fanático de livros, fanático da palavra, que era necessário lançar em Celorico de Basto uma Feira do Livro. Uma feira que deu a conhecer jovens autores, João Tordo, veio cá a medo, não queria vir, era o seu primeiro livro, hoje é autor reconhecido, o presidente Mário Soares veio aqui lançar um livro, a escritora Alice Vieira, a aclamada poetisa e escritora de livros para a Infância e Juventude, a Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, com coleções intermináveis que percorreram várias gerações. Depois também vieram os sucessos do Showbizz do momento, Fátima Lopes, a Fernanda Serrano, publicavam livros de um estilo diferente, autobiográfico, beneficiavam do prestígio que tinham da televisão”.
Realçando ainda a importância do II Concurso de Leitura e de como este é um legado para a valorização da poesia “os do ano passado eram bons, mas os deste ano são muito, muito bons, os três premiados e as menções honrosas. Parabéns pelo concurso e pela forma criteriosa como selecionaram os vencedores”, afirmou.
Esta Festa do Livro, prioriza a palavra e o seu poder, principalmente, nos tempos que decorrem onde esta inerente o ressurgimento crescente das ditaduras. A “palavra” é a chave para a democracia prevalecer, refere o Presidente da Republica: “acho que a palavra vai vencer sempre. Infelizmente vivemos um tempo e subida de ditaduras, há de longe mais ditaduras no mundo que democracias, a partir de 1985 houve uma subida do número de democracias e descida do número de ditaduras, nos últimos anos assistimos ao fenómeno inverso, o aumento da intolerância, o aumento à irracionalidade, da não aceitação do diferente do outro e da outra, da liberdade de pensamento, de forma mais aberta. Este concelho está a fazer a luta certa, e esta festa e este concurso são bons sinais, a poesia é sempre um bom sinal”.
José Peixoto Lima, presidente da câmara de Celorico de Basto, enalteceu toda a dedicação dos funcionários da autarquia e do Patrono desta Festa do Livro, Afonso Valente Batista, pela forma distinta de enaltecer a cultura local. “Encerramos hoje a festa do livro, durante uma semana desenvolvemos um conjunto vasto de atividades onde envolvemos a comunidade, essencialmente a nossa comunidade educativa. A nossa Festa do Livro é uma oportunidade de nós promovermos a cultura local e nacional, porque uma terra sem cultura é uma terra sem alma, e Celorico de Basto respira cultura com todo o seu esplendor e graciosidade”, sustentou José Peixoto.
A Festa do Livro é um momento marcante que exalta e enobrece a cultura Celoricense.