Tradicionalmente, o ramo era composto por alecrim e oliveira, colhidos no campo e cuidadosamente atados, simbolizando a paz, a renovação e o vínculo afetivo entre afilhados e madrinhas. Ainda hoje, em várias localidades, é comum ver crianças e jovens a oferecerem estes ramos simples às suas madrinhas como forma de agradecimento e afeto.
Contudo, com o passar dos anos, o gesto ganhou novos contornos. Hoje em dia, é cada vez mais comum a oferta de ramos mais compostos, muitas vezes elaborados por floristas e artesãos, que combinam elementos naturais com flores frescas, laços coloridos e mensagens personalizadas. Esta evolução não retira o valor simbólico ao gesto, antes o enriquece com criatividade e um toque mais personalizado, adaptado ao gosto de cada um.
Apesar das mudanças na forma, o espírito da tradição mantém-se intocado: homenagear a madrinha com um gesto de carinho, num momento do calendário litúrgico que antecede a Páscoa.
O Dia de Ramos continua, assim, a ser uma celebração marcada pela fé e pelo afeto familiar, num equilíbrio entre a preservação do costume e a sua reinvenção ao longo dos tempos.