Domingo de Ramos: tradição antiga mantém-se viva com novos ramos para as madrinhas

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O Domingo de Ramos, celebrado no domingo anterior à Páscoa, continua a ser, em muitas regiões de Portugal, sinónimo de uma tradição carinhosa e simbólica: a oferta do ramo à madrinha. Um costume antigo, enraizado na cultura popular, que atravessa gerações e mantém-se vivo até aos dias de hoje.  

Tradicionalmente, o ramo era composto por alecrim e oliveira, colhidos no campo e cuidadosamente atados, simbolizando a paz, a renovação e o vínculo afetivo entre afilhados e madrinhas. Ainda hoje, em várias localidades, é comum ver crianças e jovens a oferecerem estes ramos simples às suas madrinhas como forma de agradecimento e afeto.

Contudo, com o passar dos anos, o gesto ganhou novos contornos. Hoje em dia, é cada vez mais comum a oferta de ramos mais compostos, muitas vezes elaborados por floristas e artesãos, que combinam elementos naturais com flores frescas, laços coloridos e mensagens personalizadas. Esta evolução não retira o valor simbólico ao gesto, antes o enriquece com criatividade e um toque mais personalizado, adaptado ao gosto de cada um.

Apesar das mudanças na forma, o espírito da tradição mantém-se intocado: homenagear a madrinha com um gesto de carinho, num momento do calendário litúrgico que antecede a Páscoa.

O Dia de Ramos continua, assim, a ser uma celebração marcada pela fé e pelo afeto familiar, num equilíbrio entre a preservação do costume e a sua reinvenção ao longo dos tempos.