Maria foi muito mais do que uma menina de dois anos. Ela era a luz dos olhos dos pais, a dona de uma energia contagiante e do riso que preenchia todos os espaços da casa. Em cada dia da sua curta existência, deixou um rasto de amor e doçura, algo que nem mesmo o tempo será capaz de apagar. Mas, infelizmente, a doença que enfrentava mostrou-se implacável.
Muriela e o marido acompanharam a filha na luta por esta dura batalha. Foram incontáveis dias de hospitais, exames, tratamentos e, sobretudo, esperança. Porque é disso que o coração de uma mãe é feito: esperança infinita, mesmo quando o mundo parece desabar. No entanto, a realidade foi mais dura do que qualquer palavra pode expressar. Maria partiu, e com ela, levou uma parte da alma de Muriela.
No meio da dor, Muriela encontrou uma força que nem sabia ter. Decidiu que a história de Maria não pode ser apenas uma história de sofrimento, mas também uma história de amor. Ao partilhar o seu relato, ela procura não apenas homenagear a filha, mas também alertar outros pais sobre a importância de reconhecer os sinais dessas doenças raras e oferecer uma mão estendida a quem enfrenta a mesma tempestade.
A história de Maria não termina com sua partida. Ela segue viva em cada gesto de amor dos pais, em cada palavra de força de Muriela e no coração de quem foi tocado pela sua breve, mas intensa, existência.