A lista A – Devolver a Casa do Douro aos Pequenos e Médios Viticultores – passa, assim, a ser liderada por Manuela Alves, inspetora do Ministério da Educação, e a lista B – Douro Unido – continua a ser encabeçada por Rui Paredes.
Segundo Sérgio Soares, em declarações à Lusa, esta decisão foi tomada para proteger a lista A, já que a sua ligação à distribuição poderia levantar questões legais neste ato eleitoral, por a sua empresa se dedicar à produção e distribuição de vinhos.
Em 21 de dezembro, cerca de 19 mil viticultores vão ser chamados a votar em 74 assembleias de voto, espalhadas por 17 círculos eleitorais. O mandato é de três anos.
Destaque-se que, com sede instalada no Peso da Régua, distrito de Vila Real, a Casa do Douro foi criada em 1932 para defender os viticultores e a viticultura duriense e viu alterados os seus estatutos para associação com gestão privada e inscrição facultativa em 2014, durante o Governo PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho.
Em 2020, entrou em vigor a lei que a reinstitucionalizou como associação pública de inscrição obrigatória e chegaram a ser marcadas eleições, mas, em 2021, o Tribunal Constitucional apontou inconstitucionalidades à lei, nomeadamente, uma insuficiência na definição de competências de natureza pública.
O processo regressou ao parlamento em 2023 e, a nova lei, aprovada em janeiro, procede à restauração da Casa do Douro enquanto associação pública de inscrição obrigatória e determina a entrega a esta entidade do edifício sede.
Fotografia: CM Peso da Régua