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Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica criticam governo

Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica acusam o governo do “jogo do empurra”.

Em causa estão “promessas não cumpridas e falta de autorização do Ministério das Finanças para avançar nas negociações”.

“Após quatro dias de greve e a entrega de uma moção aprovada por unanimidade, exigem respostas urgentes para uma carreira que é essencial no SNS”, lê-se na nota informativa que o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica – STSS nos enviou.

Em ofício enviado ao Ministro das Finanças, os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica apelam para que termine este “jogo do empurra” entre ministérios.

“Entre as promessas do Ministério da Saúde e a falta de autorização do Ministério das Finanças, a sensação é de que o Governo não leva a sério as reivindicações destes profissionais. Esta constante troca de responsabilidades transmite desrespeito e mantém uma classe essencial ao SNS à espera da aplicação de direitos há muito devidos”, reforça o comunicado.

“Durante a recente greve nacional de quatro dias, a Ministra da Saúde afirmou publicamente que as negociações estariam para breve, e no dia 29 de outubro, centenas de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica aprovaram uma Moção em frente ao Ministério da Saúde, por unanimidade e aclamação, reiterando as suas reivindicações”, declara aquele sindicato.

“No entanto, no momento em que a mesma foi entregue no Ministério da Saúde, foi confirmado que o Ministério das Finanças ainda não tinha autorizado o início das negociações. Recorde-se que, em reunião com o Ministério da Saúde, a 17 de julho, foram assumidos compromissos que até agora não se concretizaram, nomeadamente a clarificação da atribuição de 1,5 pontos anuais por ano de trabalho e a assinatura do protocolo negocial”, acrescenta ainda Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica – STSS em nota de imprensa.

O STSS considera esta postura um “desrespeito e uma desigualdade inaceitável face às negociações em curso com outras carreiras de saúde, já avançadas e com protocolos estabelecidos”.

“Ana Paula Martins afirmou priorizar “as três carreiras especiais” – enfermeiros, médicos e farmacêuticos – excluindo inexplicavelmente os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, também integrados nas carreiras especiais”, reforça Luís Dupont, presidente do STSS.

“É inaceitável que a tutela continue a adiar respostas às reivindicações de uma classe que desempenha um papel essencial no SNS. Esta postura desconsidera o impacto direto destes profissionais na saúde dos cidadãos, transmitindo uma mensagem de que são dispensáveis”, acrescenta.

Os STSS afirmam que “esta situação é agravada pela inércia no que diz respeito à atribuição de pontos, que afeta diretamente a progressão dos profissionais e já é prática comum em mais de 60% das instituições do SNS”.

“O STSS exige, assim, tratamento equitativo e respeito por uma carreira que é essencial nos cuidados de saúde”, defende esta estrutura sindical.

“Solicitamos uma reunião urgente com o Ministro das Finanças para clarificar estas questões, especialmente com a aproximação da aprovação do Orçamento do Estado, e esperamos uma resposta do Governo que valorize todos os profissionais de saúde de forma justa e transparente” reforça Luís Dupont.

“Todos os profissionais de saúde merecem o respeito do Governo e, perante o Estado de Direito, devem ser tratados com igualdade e imparcialidade diante dos governantes”, conclui.

(Fotografia de destaque: DR/STSS – Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica)

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