Num debate que contou com a presença de militantes e simpatizantes do partido socialista, Marina Gonçalves alegou que cabe aos dirigentes fazerem sessões de esclarecimento sobre as posições tomadas na Assembleia da República, não só quando o PS está no poder, mas também na oposição.
“Apesar do PS ter optado pela abstenção, o OE é muito mau”, considerou, citada em nota, justificando que o país e os portugueses não entenderiam um chumbo do Orçamento do Estado e ida para novas eleições ao fim de tão pouco tempo, revelando o sentido de responsabilidade do partido para com o país.
“Morreram 12 pessoas por falta de auxílio do INEM e não há uma consequência a tirar?”, questionou a ex-ministra, que criticou a “gestão caótica do SNS, nomeadamente a irresponsabilidade na gestão da crise no INEM e a notória falta de preparação das ministras da Saúde e da Administração Interna”.
De acordo com a ex-governante, “os problemas do SNS são difíceis e não se resolvem de um dia para o outro”. Além disso, “foi este governo e este primeiro-ministro que disse aos eleitores que bastavam 60 dias para resolver os problemas do SNS”, atirou.
Marina Gonçalves criticou, ainda, a “inação do Governo ao não antever que o aviso de greve do INEM iria trazer consequências irreversíveis, tendo resultado em 12 mortes por falta de adequado auxílio”.
A deputada socialista comparou este episódio com o motivo que levou à “demissão de Marta Temido: a morte de uma grávida que foi transferida por falta de vagas na neonatologia do Hospital de Santa Maria, em que o PSD e Luís Montenegro exigiram logo a sua demissão”.
“Aguardamos uma resposta urgente do Governo sobre a construção do Centro de Formação Profissional do IEFP em Caíde de Rei” – Pedro Machado
Citado em comunicado, o presidente da Câmara de Lousada, Pedro Machado, salientou que existe um conjunto de projetos fundamentais para Lousada, que já haviam sido garantidos com o anterior governo e que urgem ser resolvidos.
“É absolutamente essencial que o Centro de Formação Profissional do IEFP avance o quanto antes e para isso já reunimos com o secretário de Estado do Trabalho. É urgente colocarmos em marcha estes projetos de modo a cumprirmos os prazos do PRR”, afirmou.
O chefe do executivo lousadense apontou, também, para a importância da nova Zona Industrial de Caíde de Rei, para a captação de empresas de valor acrescentado, assumindo que este Centro de Formação é uma “peça-chave para o desenvolvimento empresarial, ainda para mais porque foi uma localização consensualizada entre todos os municípios do Tâmega e Sousa”.
“Espero sinceramente que o empreendimento habitacional Hans Isler em Lousada não seja boicotado e guardado numa gaveta pelo Governo” – Nelson Oliveira
Também citado no documento, o presidente do PS Lousada, Nelson Oliveira, centrou a sua intervenção nas verbas inscritas no apoio à juventude e habitação.
Aproveitando o facto de estar presente a ex-ministra da habitação, agradeceu o apoio conferido na realização das obras no Bairro Dr. Abílio Moreira e os projetos aprovados para habitação acessível em Lousada.
Nélson Oliveira lembrou que os que dependem do município já estão em construção, alertando, ainda, para a falta de notícias sobre a empreitada de execução do edifício Hans Isler, um projeto já aprovado e apresentado pelo IHRU e Ministério da Habitação em Lousada, a ser construído no terreno municipal em frente à GNR e que será “uma mais-valia para os casais jovens de Lousada”.
O líder do PS Lousada esclareceu que o “IHRU tem de dar respostas concretas aos munícipes de Lousada, particularmente aos jovens, e avançar com o concurso para a construção do empreendimento numa área tão prioritária para os jovens como é a habitação acessível”.
Nélson Oliveira destacou, ainda, que existe outro “protocolo já firmado e assinado com o IHRU, para a construção de apartamentos em regime de habitação acessível na freguesia do Torno, num terreno cedido pela Junta de Freguesia e que também aguarda a autorização do IHRU para avançar”.
Seguiu-se um conjunto de intervenções dos membros presentes na plateia, sobre temas que tiveram como foco a área fiscal, pensões, apoio à juventude, financiamento à ciência.