Bem sabendo que as principais necessidades dos jovens são contínuas, e não exponenciam em função da proximidade temporal de um determinado ato eleitoral, o sentido de oportunidade adotado pelo executivo levanta algumas dúvidas, sobretudo, por planear para dez meses o que não concretizou em três anos de mandato.
Por essa razão, e considerando quer a limitação temporal, quer o calendário escolar dos jovens gondomarenses de idade escolar, que poderá condicionar a adesão dos mesmos às atividades, a exequibilidade qualitativa (ou até mesmo, a viabilidade) do plano é questionável.
A participação política, por sua vez, parece restringir-se aos membros do Conselho Municipal de Juventude, bem como aos presidentes de associações estudantis e delegados de turma que se reúnem, anualmente, com o executivo municipal, pelo que a mesma não se encontra acompanhada de mecanismos que a promovam.
A ausência de uma Assembleia Municipal Jovem em Gondomar, e de iniciativas mais abrangentes para promover a participação política jovem tornam-se, cada vez mais, preocupantes – mais ainda do que a respetiva ausência no referido plano.