“As notícias de hoje que revelam, na prática, a deslocalização do Instituto do Património Cultural para Lisboa, são preocupantes e indiciadoras da tentação centralista do Governo”, refere, em comunicado, o presidente da Federação Distrital do Porto do PS, Nuno Araújo.
O responsável pela estrutura distrital do PS Porto fala mesmo de “um novo ato de menorização da região Norte”.
“Após a oposição do Governo PSD a um novo referendo à Regionalização, adiando esta reforma estrutural do Estado absolutamente essencial para o desenvolvimento harmonioso do país e para o reforço da coesão territorial, assistimos a um novo ato de menorização da região Norte, do distrito do Porto e até da cidade do Porto”, afirma.
“Recusamos aceitar este tipo de medidas que esvaziam o país de estruturas e organismos já deslocalizados, num processo de reversão centralista, sem nenhuma utilidade efetiva ou racional e que traduzem apenas um posicionamento ideológico do Governo, revelando um desprezo pela região Norte que nos deve preocupar”, acrescenta ainda Nuno Araújo.
A distrital do PS Porto afirma, ainda, está solidária com o “presidente da CCDR-N que lamentou o incumprimento da prometida descentralização da área cultural”.
“Num momento em que a reforma das CCDR criou competências regionais, também na área da cultura, solidarizamo-nos com o Presidente da CCDR-N que lamentou o incumprimento da prometida descentralização da área cultural e afirmamos o nosso apoio à posição do Presidente do Conselho Regional do Norte que criticou a “pulsão centralizadora” da administração central”, lê-se no comunicado que nos foi enviado.
“Esperamos que o Governo inverta esta situação e que a mesma não se repita noutros contextos e noutras áreas. O distrito do Porto e a região Norte merecem respeito e exigem que a administração do Estado deixe de ser responsável pelo enfraquecimento das instituições e pela menorização do papel da região no desenvolvimento do país”, acrescenta o mesmo comunicado.
(Fotografia de destaque: DR)