A moção, segundo o grupo parlamentar, surge na sequência dos incêndios rurais que atingiram o concelho, destruindo cerca de 3.896,35 hectares de floresta e terrenos agrícolas.
A moção propõe ao governo a “alocação de mais recursos financeiros e materiais para os corpos de bombeiros voluntários, garantindo que disponham do equipamento adequado para combater os incêndios, o fomento de programas de formação contínua para os bombeiros, com foco em técnicas avançadas de combate a incêndios florestais”, assim como o “reforço das equipas de vigilância durante os meses de maior risco, com a contratação de brigadas florestais temporárias que possam atuar em coordenação com os bombeiros locais e outras entidades de proteção civil”.
A moção apresentada pelo grupo socialista propõe, ainda, o “apoio ao incentivo da agricultura local e familiar, com especial foco na ocupação ativa das terras, para evitar o abandono e reduzir a carga de combustível vegetal; o apoio aos pequenos proprietários e agricultores para a gestão sustentável dos seus terrenos, através de incentivos fiscais ou apoios diretos para a realização de limpezas e desbastes”, bem como a promoção da “reflorestação das áreas devastadas pelos incêndios com espécies autóctones e mais resistentes ao fogo”.
O grupo socialista defende, ainda, a “revisão das políticas nacionais de ordenamento do território e gestão florestal, com maior autonomia para os municípios”.
A moção recorda que após o controlo dos incêndios foi “criada uma equipa de apoio no município dedicada ao levantamento dos prejuízos, para facilitar a preparação de candidaturas a apoios financeiros e logísticos destinados à recuperação das áreas e atividades afetadas”, propondo um voto de louvor aos “bombeiros, sapadores florestais, GNR, funcionários do município que auxiliaram e combateram, com coragem, determinação e espírito de missão, este flagelo dos incêndios, colocando as suas próprias vidas em risco, sem nunca abandonarem as populações”.
A moção propõe, ainda, um voto de louvor “às juntas de freguesia, instituições particulares de solidariedade social locais que, de forma exemplar, colaboraram na evacuação e acolhimento das populações afetadas pelos incêndios”.
“O apoio prestado foi essencial para garantir a segurança e o bem-estar das pessoas deslocadas, proporcionando abrigo, assistência e conforto em momentos de grande dificuldade”, refere a respetiva moção.
(Fotografia de destaque: DR/Câmara de Cinfães/Facebook)