Sofia Leal, vice-presidente da associação, criticou a medida, lembrando que existe uma providência cautelar emitida pelo tribunal que a autarquia deve cumprir, condenando a decisão da câmara de vedar o acesso à instituição, sublinhando que “as decisões são para cumprir e ninguém está acima da lei”.
Sofia Leal garantiu ainda que a associação permanecerá vigilante e fará tudo ao seu alcance para assegurar que a lei seja respeitada.
Contactada pelo Novum Canal, a autarquia de Penafiel optou por não reagir, remetendo explicações para uma entrevista exclusiva concedida ao mesmo canal na altura em que informou a associação sobre a intenção de ocupar o edifício.
De relembrar, que no passado dia 5 de janeiro, a ADISCREP foi surpreendida com uma ordem de despejo emitida pela Câmara Municipal de Penafiel. A decisão, que interrompe um contrato de 20 anos celebrado entre as duas entidades, gerou indignação entre os membros da associação, especialmente devido ao impacto que esta situação gera na Universidade Sénior, que serve cerca de 90 alunos seniores.
Em resposta às alegações, segundo o município, as instalações foram cedidas em 2014 a título precário, com a condição de poderem ser revertidas em caso de necessidade. A câmara justificou a decisão alegando que, com a descentralização de competências nas áreas sociais e de saúde, houve um aumento significativo no volume de trabalho e atendimentos ao público, tornando necessário o uso do espaço para criar novos gabinetes de trabalho.
O futuro da ADISCREP permanece incerto, com ambos os lados firmes nas suas posições.