Confesso que adivinhava semelhante desfecho, quer pela revisão ao Plano Diretor Municipal tida em 2021, quer pelo facto de o Pavilhão Multiusos de Gondomar albergar, desde 2022, a “Mostra” da Universidade do Porto, quer pelo recente projeto voluntariado promovido por ambas, denominado “Apoio ao Estudo”, onde é providenciado, em duas Casas da Juventude do concelho, a alunos de ensino básico e secundário do concelho, um acompanhamento contínuo e dedicado com vista ao respetivo sucesso escolar.

Não poderia adotar outra posição senão a de apoiar o atual Executivo Municipal neste tocante, uma vez que defendo que Gondomar reúne as condições necessárias sediar um estabelecimento de ensino superior, seja ele público ou privado, como sucede em municípios próximos como Porto, Vila Nova de Gaia, Maia, Matosinhos e Valongo, e que tal beneficiaria o concelho, em vários níveis.

É, precisamente, por apoiar essa visão a longo prazo do Município, que defendo uma outra, a curto prazo, que possa reforçar e acelerar a primeira – o Município de Gondomar deverá providenciar por responder a uma das necessidades mais gritantes na esfera do ensino superior, que se traduz na reduzida oferta de residências estudantis universitárias a baixo custo, que não responde à procura de vários estudantes bolseiros, e de outros com menores recursos económicos.

Defendo que o Município de Gondomar, em estreita parceria com a Universidade do Porto, diligencie pela construção de residências estudantis universitárias a baixo custo – preferencialmente, nas freguesias de Rio Tinto e de Baguim do Monte, dadas as respetivas proximidades estratégicas ao Pólo Universitário da Asprela, os ótimos acessos rodoviários, e o sistema de transportes públicos com ligações diretas aquele Pólo.

Paulo Gandra

Presidente da JP Gondomar