São mais de 100 os concelhos que estão em perigo máximo de incêndio nos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra, Guarda, Aveiro, Viseu, Porto, Bragança, Vila Real, Viana do Castelo e Braga.
Segundo informou o IPMA, “vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental apresentam um perigo muito elevado e elevado de incêndio. Este risco tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas”.
Assim, por causa do calor, o IPMA emitiu aviso amarelo para os distritos do Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga, pelo menos até às 18 horas de hoje.
Devido à previsão de risco elevado de incêndio na generalidade do território, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) “aumentou o estado de alerta e prontidão dos meios de socorro para o nível mais elevado, para hoje e terça-feira”.
Em conferência de imprensa, o comandante nacional de emergência e proteção civil, André Fernandes, apelou mais uma vez “aos cidadãos que colaborem com as autoridades e evitem comportamentos de risco nestes dias, adotando medidas de proteção face a eventuais situações de perigo”.
Aquele responsável destacou que os próximos dias “terão um risco extremo de incêndio na generalidade do território continental” pedindo “tolerância zero ao uso do fogo e adequação dos comportamentos face ao perigo de incêndio rural”.
A ANEPC emitiu avisos à população, através de SMS, sobre o perigo de incêndio rural. Além dos 14 mil operacionais já no terreno, o nível de alerta máximo (vermelho) implica o reforço do dispositivo com mais 682 homens em alguns pontos estratégicos.
Após o alerta das entidades de proteção civil, também o Governo declarou situação de alerta para todo o território do continente até às 23:59 de terça-feira com medidas excecionais devido ao agravamento do perigo de incêndios rurais.
A situação de alerta implica várias medidas excecionais, como “a proibição do acesso e circulação em vários espaços florestais, proibição da realização de queimadas e de trabalhos em florestas com recurso a maquinaria (com exceção para as situações de combate a incêndios rurais)”.