A informação foi avançada pelo Governo que destaca que esta nova versão tem como objetivos “alargar a possibilidade de escolha dos alunos e diversificar percursos formativos, com foco no Ensino Secundário”.
De acordo com o Ministério da Educação, Ciência e Inovação o “PPIP II parte do diagnóstico de que os Cursos Científico-Humanísticos (CCH) e os Cursos Profissionais (CP), ofertas frequentadas pela esmagadora maioria dos alunos do Ensino Secundário, apresentam algumas limitações, tais como a rigidez curricular e a pouca articulação entre disciplinas”.
“Assim, o objetivo do PPIP II passa pela possibilidade de aprofundamento de conhecimentos em diferentes áreas, proporcionando aos alunos uma formação mais abrangente e enriquecedora”, lê-se no comunicado que o governo partilhou no Portigalgov.pt que destaca que “no Projeto-Piloto de Inovação Pedagógica II não são propostos cursos base e as matrizes devem integrar uma componente comum e uma componente específica”.
Integram a componente comum “Português, Língua Estrangeira I, II ou III, Filosofia, Educação Física, Literacia e Dados (incluindo Literacia Financeira, Comercial, Laboral e Participação Democrática, por exemplo) e Projeto Pessoal”.
Na componente específica, os “alunos podem optar pela frequência de qualquer uma das disciplinas que a escola oferecer, sendo que atualmente esta opção estava limitada a uma disciplina bienal e a uma disciplina anual”.
“É dada a possibilidade de efetivação das escolhas apenas no 11.º ano, permitindo uma maior reflexão e solidez nas decisões dos alunos”, lê-se na nota informativa que declara que as “disciplinas podem ser concluídas em qualquer um dos anos do Ensino Secundário, salvaguardando-se a frequência de disciplinas que permitam a realização dos exames finais nacionais necessários para a conclusão deste nível de ensino”.
Quanto aos alunos dos cursos profissionais, o “plano curricular estrutura-se em quatro componentes de formação: sociocultural, científica, tecnológica e em contexto de trabalho”.
“Os alunos podem optar pela frequência de disciplinas dos Cursos Científico-Humanísticos, de entre as que a escola oferecer, sujeita às regras da matriz curricular que vier a ser definida pelo estabelecimento de ensino, sendo obrigatória a aprovação em todas estas disciplinas em qualquer um dos anos do Ensino Secundário”, acrescenta o Ministério da Educação, Ciência e Inovação.
“A componente sociocultural integra uma disciplina também focada em diversas literacias (incluindo Literacia Financeira, Comercial, Laboral e Participação Democrática, por exemplo)”, reforça o mesmo ministério.
A criação do PPIP II está alinhada com um dos objetivos do “Programa do Governo, que prevê a diversificação das formas de organização do Ensino Secundário, alargando as disciplinas que os alunos podem livremente frequentar”.
(Fotografia de destaque: DR)