A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) destaca que em “relação a 2019, ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal – registaram-se menos 153 acidentes (-1,8%), menos 15 vítimas mortais (-12,5%) e menos 419 feridos leves (-4,2%). Contudo, apuraram-se mais 19 feridos graves (+3,6%)”.
A autoridade declara que no continente registaram-se “7.918 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 103 vítimas mortais, 513 feridos graves e 9.254 feridos leves, durante o período em análise”.
A ANSR afirma que “comparando com o período homólogo de 2014, o número de vítimas mortais baixou (-1,9%), tal como o índice de gravidade (-15,5%). Em contrapartida, registou-se um aumento nos feridos graves (+17,1%), feridos leves (+14,4%) e nos acidentes (+16,0%)”.
Ainda de acordo com esta autoridade “comparativamente ao período homólogo de 2019, registou-se uma diminuição nos acidentes, nas vítimas mortais e nos feridos leves, com menos 131 acidentes (-1,6%), menos 14 vítimas mortais (-12,0%) e menos 393 feridos leves (-4,1%). Em contrapartida, houve mais 24 feridos graves (+4,9)”.
Face ao primeiro trimestre de 2023, observaram-se “aumentos em todos os indicadores, exceto no índice de gravidade”.
“ Registaram-se mais 251 acidentes (+3,3%), mais duas vítimas mortais (+2,0%), mais 17 feridos graves (+3,4%) e mais 337 feridos leves (+3,8%)”, lê-se na nota informativa que salienta que em comparação com “2023 houve em 2024 um aumento na circulação rodoviária, o que corresponde a um acréscimo no risco de acidentes, muito embora se tenha registado uma diminuição de 4,1% no consumo de combustível rodoviário, segundo dados da Direção-Geral de Energia e Geologia”.
“A colisão representou a natureza de acidente mais frequente nos primeiros três meses de 2024, correspondendo a 51,4% dos acidentes, 43,7% das vítimas mortais e 44,6% dos feridos graves”, acrescenta o comunicado que revela que “os despistes, que representaram 32,8% do total de acidentes, foram responsáveis por 42,7% das vítimas mortais”.
No período em análise, o “número de vítimas mortais fora das localidades (54) foi ligeiramente superior ao apurado dentro das localidades (49).
“Comparativamente a 2023, houve um aumento das vítimas mortais dentro das localidades (+8,9%), enquanto face a 2019 registou-se uma diminuição (-9,3%)”, acrescenta a ANSR que sublinha que “fora das localidades, verificou-se uma diminuição tanto em relação a 2019 quanto a 2023 (-14,3% e -3,6%, respetivamente)”.
“ O índice de gravidade dos acidentes fora das localidades ascendeu a 3,32 em 2024 (comparado a 3,94 e 3,39 em 2019 e 2023, respetivamente), enquanto dentro das localidades este índice situou-se em 0,78”, alude o comunicado que sublinha que “no primeiro trimestre de 2024, 62,9% dos acidentes ocorreram em arruamentos, representando 29,1% das vítimas mortais (-11,8% e -14,3%, em relação aos períodos homólogos de 2019 e 2023, respetivamente) e 52,4% dos feridos graves”.
Nas estradas nacionais ocorreram “20,0% dos acidentes, com 34,0% das vítimas mortais (+2,9% e +45,8% face a 2019 e 2023, respetivamente) e 28,7% dos feridos graves”.
Nas autoestradas, registou-se uma “redução de uma vítima mortal e de 20 feridos graves em comparação com 2019”.
“Em relação a 2023, houve mais quatro vítimas mortais, mas menos 13 feridos graves”, constata a ANSR que reforça que “janeiro a março de 2024, 56,4% do total de vítimas deslocava-se num veículo ligeiro (-6,6% e +7,4% face a 2019 e 2023, respetivamente), enquanto 18,5% circulava em motociclos (+21,6% e -0,2% face a 2019 e 2023, respetivamente) e 6,3% em velocípedes (+35,7% e +1,1% comparando com os mesmos anos)”.
Salienta-se a “descida de 10,6% nos peões vítimas face a 2019, apesar da subida de 5,0% face a 2023″.
Relativamente à fiscalização de veículos e condutores, “no primeiro trimestre de 2024 foram fiscalizados 62,2 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado um aumento de 85,9% em relação a 2023”.
O Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) da ANSR registou subidas de 96,3%.
Em contrapartida, a PSP registou uma diminuição de 27,8% e a GNR de 15,5%.
“As infrações baixaram para 213,8 mil, ou seja, menos 6,8% face ao período homólogo do ano anterior”, adianta a ANSR que avança, ainda, que no que toca à tipologia de infrações, “72,6% do total registado nos três primeiros meses de 2024 foi referente a excesso de velocidade, que registou um aumento de 12,1%”.
“Nas restantes tipologias de infrações verificaram-se decréscimos, destacando-se, para além das relativas ao cinto de segurança e da utilização do telemóvel (-59,1% e -48,0%, respetivamente), as relativas à condução sob efeito do álcool (-33,8%)”, frisa a ANSR.
Quanto ao excesso de velocidade, a “taxa de infração (nº de infrações de velocidade/nº de veículos fiscalizados) diminuiu 40,5%, de 0,42% no primeiro trimestre 2023 para 0,25% em igual período de 2024”.
Relativamente à condução sob o efeito do álcool, de “janeiro a março de 2024, foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool 480,2 mil condutores, o que representa uma diminuição de 10,7% comparativamente ao período homólogo de 2023”.
“ A taxa de infração (nº de infrações por álcool/nº de testes efetuados) desceu de 1,7% em 2023 para 1,2% em 2024, uma redução de 25,9%”, lê-se, ainda, no comunicado que informa que a “criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, diminuiu 46,2% por comparação ao período homólogo de 2023, atingindo 5,1 mil condutores”.
“Do total, 57,0% deveu-se à condução sob o efeito do álcool (-42,2%), seguindo-se 33,0% por falta de habilitação legal para conduzir (-52,2%)”, acrescenta aquele autoridade que afirma que “até março de 2024, cerca de 689,6 mil condutores perderam pontos na carta de condução”.
“Desde junho de 2016, data de entrada em vigor sistema de carta por pontos, 3.012 condutores ficaram com o seu título de condução cassado”, manifesta a ANSR.
(Fotografia de destaque: DR/foto ilustrativa)