A DGS destaca, em nota informativa, que “este valor superou o pico de incidência do último inverno de 12 casos a 7 dias por 100.000 habitantes (coincidente com o aumento da prevalência da subvariante BA.2.86, sobretudo sublinhagem JN.1), no entanto inferior ao pico de incidência do último verão de 42 casos por 100.000 habitantes (coincidente com o aumento de prevalência da subvariante XBB.1.9., com nova descendente EG.5.1)”.
A DGS informa que “este aumento coincide com o aumento da prevalência de uma descendente da JN.1, a sub-linhagem KP.3 (51,3% das amostras entre as semanas 19 e 22 de 2024), que foi classificada recentemente como variante sob monitorização pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa)”.
A Autoridade de Saúde Nacional observa “igualmente, uma tendência crescente da proporção de episódios de urgência por COVID-19 em todas as regiões e grupos etários, sendo o crescimento mais evidente nos grupos etários mais velhos”.
Esta autoridade reforça que a “mortalidade específica por COVID-19 correspondeu a 15 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes, tendo ultrapassado os valores máximos obtidos nos últimos inverno e verão, respetivamente 10 e 13 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes”.
“Todos os valores encontram-se inferiores ao limiar do ECDC de 20 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes”, acrescenta ainda a mesma autoridade que reforça que “cerca de 70% dos óbitos ocorreram em pessoas com 80 e mais anos, e a região com maior taxa de mortalidade correspondeu ao Algarve, que mantém uma tendência crescente”.
Ainda de acordo com a DGS, “cerca de 44% dos óbitos não tinham registo de vacinação sazonal na última época, e entre os 8 óbitos com menos de 60 anos, 6 óbitos não tinham registo de vacinação sazonal na última época apesar de terem indicação para a mesma, atendendo às comorbilidades que apresentavam”.
“O ECDC considera improvável que estas novas mutações estejam associadas a aumento na gravidade da infeção ou a uma redução na eficácia da vacina contra doença grave, em comparação com as variantes BA.2.86 anteriormente em circulação”, refere o comunicado da DGS que salienta que “os indivíduos mais velhos, ou com doenças subjacentes, ou previamente não infetados podem desenvolver sintomas graves, se infetados”.
“Assim, e apesar da situação epidemiológica de momento ter um impacto limitado na procura dos serviços de saúde e mortalidade geral, face à tendência de crescimento observada, associado a períodos de calor nos próximos dias, é possível que se observe período de excesso de mortalidade, pelo que se vem reforçar a importância de adequar as medidas de proteção da doença, contribuindo para reduzir a transmissão a terceiros”, alude a nota informativa da DGS que recomenda o reforço das medidas básicas de prevenção e controlo de infeção.
A DGS adverte que se tiver sintomas de “infeção respiratória – Tosse, Febre, Dor de cabeça, Dificuldade respiratória – deve optar por usar máscara, manter distanciamento físico e evitar ambientes fechados ou aglomerados”.
A DGS recomenda que deve “adotar a etiqueta respiratória, ao tossir ou espirrar: tapar o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o braço e, posteriormente, deitar o lenço no lixo e lavar as mãos, ou usar solução alcoólica com pelo menos 60% álcool; lavar e/ou desinfetar as mãos frequentemente e manter os espaços ventilados, preferencialmente através de ventilação natural, procedendo à abertura de portas e/ou janelas”.
Em caso de persistência dos sintomas deve ligar SNS 24 – 808242424.
(Fotografia de destaque: DR/foto ilustrativa)