Concurso Público para Variante à EN211 gera controvérsias entre PS e PSD

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As Infraestruturas de Portugal lançaram recentemente o concurso público para a construção da Variante à EN211, entre Quintã e Mesquinhata, com um preço base de 18 milhões de euros. Esta obra, que se estende por cerca de 2,5 km e inclui uma nova rotunda, foi destacada pelo PSD Cinfães como uma demonstração do compromisso do atual governo com o desenvolvimento das infraestruturas rodoviárias, especialmente na região de Cinfães. No entanto, Luís Soares, diz-se tratar de um aproveitamento político e um esquecimento da cronologia toda dos acontecimentos.  

Em comunicado, emitido no dia 30 de julho, o PSD de Cinfães sublinhou que a obra reflete uma gestão estratégica e uma visão de futuro que, segundo o partido, faltaram durante os anos de governação socialista. “O atual governo do PSD demonstrou que é possível avançar com obras fundamentais para a melhoria da mobilidade e da qualidade de vida das populações locais”, afirmou o comunicado de Bruno Rocha.

Entretanto, Luis Soares, comentador do bloco informativo “Notícia na Hora”, aproveitou o seu espaço para criticar duramente o comunicado do PSD Cinfães, acusando o governo da Aliança Democrática – AD, de se apropriar do trabalho feito pelo anterior governo socialista. Segundo Luís Soares, o projeto da variante à EN211 foi lançado a concurso pelo governo de Passos Coelho, foi adjudicado durante o governo de António Costa, pelo ministro Pedro Marques, mas, a Agência Portuguesa do Ambiente, chumbou esta obra no âmbito do impacto ambiental. Após isso, todo o processo teve de ser refeito por Pedro Nuno Santos, ministro das infra-estruturas à altura e aí, é aprovada pelo Agência Portuguesa do Ambiente e inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência – PRR, para que a verba não fosse despendida do Orçamento de Estado e corresse o risco de se prolongar por mais anos ficando assim obrigada a sua execução até 2026”.  Adiantando ainda, que “o atual governo apenas lançou o concurso com todas as condições já preparadas pelo PS”,  considerando o comunicado do PSD como um “aproveitamento político” e uma demonstração de “falta de memória”.

“Tenho um respeito enorme pela pessoa que fez este comunicado, mas não é assim, enganando os cidadão que se faz política”. – Luís Soares

Bruno Rocha, também no mesmo espaço de comentário e confrontando com as palavras de Luís Soares,  tentou apaziguar a situação do teor do comunicado, ressaltando que o mais importante para os cinfanenses é a concretização da obra, independentemente de quem a tenha mandado fazer. Bruno Rocha admitiu que há outras prioridades em termos de acessibilidades para Cinfães, mas destacou que, após muitos anos de promessas não cumpridas, finalmente a obra está a avançar.

“A governação socialista refez todo este projeto, tornou este projeto possível. Este comunicado é um reconhecimento claro do trabalho que foi feito nos últimos anos e é contraproducente, e só vem reafirmar aquilo que os cinfanenses ja reconheceram há muito tempo, que é o bom desempenho dos governos do partido socialista e sobretudo do executivo municipal no combate ao flagelo da mobilidade e as acessibilidades ao concelho”. Luís Soares

Esta troca de galhardetes entre PSD e PS, evidencia a importância das obras de acessibilidade para as populações do concelho.

Enquanto a obra não sai do papel, a disputa pela sua autoria vai continuar a dar que falar.

Ambos os comentários no “Notícia na Hora” podem ser vistos aqui e o comunicado de Bruno Rocha nas suas redes sociais