A Associação para o Desenvolvimento de Figueira está “a braços com inúmeros constrangimentos para fazer face aos compromissos assumidos com as entidades credoras, nomeadamente, fornecedores, banca e colaboradores”.
A instituição avança, ainda, numa exposição que enviou à Associação Nacional de Cuidados Continuados (ANCC), que a situação mais grave é estar em “risco o pagamento dos salários aos trabalhadores no próximo mês, pelo facto do Estado dever 318.295,99 euros” à associação.
A instituição reforça, ainda, que “que não está a reclamar apoios extraordinários, apenas que sejam pagas as verbas devidas de projetos e serviços já executados”.
Ângelo Guedes, presidente da direção da Associação para o Desenvolvimento de Figueira, recorda, na exposição que fez à Associação Nacional de Cuidados Continuados, que os apoios estatais e comunitários que a instituição tem recebido “têm-se verificado insuficientes para as despesas implícitas a uma prestação de cuidados com qualidade e dignidade e tem sido necessária uma ginástica financeira muito grande para colmatar a situação”.
O responsável ressalva, na mesma exposição, que a insuficiência apoios estatais e comunitários é, também, “extensível a outras instituições particulares de solidariedade social e associações de prestação e cuidados sociais e de saúde”.
Ângelo Guedes declara que a associação tem lutado diariamente contra todas as “divergências, através da realização de eventos solidários, do esforço e dedicação da direção e de todos os colaboradores e pelo apelo a instituições parceiras que conhecem o trabalho desenvolvido ao longo destes anos” e que têm deitado a mão à instituição.

O presidente da Associação para o Desenvolvimento de Figueira recorda, ainda, que a instituição tem vários recebimentos pendentes referentes a “serviços prestados entre o mês de janeiro e abril de 2024 no âmbito do contrato/acordo para a unidade de cuidados continuados de longa duração e manutenção no valor de 75 546, 92 euros”.
A instituição refere que tem, ainda, recebimentos no valor aproximadamente de “15 mil euros, correspondentes a retroativos de 2023 para a unidade de cuidados continuados de longa duração e manutenção, valor que aguarda ainda autorização para faturação”.
O dirigente da Associação para o Desenvolvimento de Figueira esclarece, também, que a associação aguarda pagamento “17 768 05 euros resultados da execução do protocolo celebrado com o ISS, IP nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2022”, valor que, segundo a instituição, foi “indevidamente descontado no final de 2022 (há mais de um ano à espera de resolução) já reconhecido por aquele instituto, mas que aguarda ainda que o sistema informático possibilite o pagamento de forma manual”.
A associação reclama, ainda, o pagamento de “13 250 euros referente ao pedido de saldo final da medida Mobilidade Verde Social, submetido em 07/12/2023 ainda a aguardar validação e sem qualquer previsão de pagamento”.
A instituição reclama, ainda, o pagamento de “10 492 98 euros devido a erros no processamento na comparticipação financeira mensal da valência Casa Abrigo no mês de março e no mês de maio”.
A Associação para o Desenvolvimento de Figueira reivindica, ainda o pagamento de “134 511 55 euros referentes projeto “Casa de Acolhimento de Emergência financiado pelo Programa Pessoas 2030 em execução desde julho de 2023 e para o qual ainda não foi possível fazer qualquer pedido de reembolso”.
A associação informa, ainda, que tem pendente o pagamento de “51 726 49 projeto Gabinete Janela Aberta financiado pelo Programa Pessoas 2030 em execução desde julho de 2023 e para o qual ainda não foi possível fazer pedido de reembolso”
Refira-se que a Associação para o Desenvolvimento de Figueira é a “maior instituição particular de solidariedade social do Vale do Sousa, empresa 120 colaboradores”.
Desenvolve as suas “atividades centradas na comunidade, nas pessoas e na utilidade social, com objetivos que assentam numa atitude filantrópica de apoio e ajuda aos mais desfavorecidos”.
A instituição procura implementar e “melhorar as respostas para os problemas da comunidade envolvente através das suas valências/projetos”.