A União Europeia vive um momento delicado, enfrenta desafios bastante complexos, e necessita de reafirmar o seu compromisso para com os Europeus, para com os direitos fundamentais e valores que a própria promove, e claro, reforçar a sua segurança, liderança e representação externa.
Por desafios complexos, refiro-me, naturalmente, ao controlo da imigração e das fronteiras, ao investimento na defesa nacional e ao apoio à Ucrânia, sem esquecer o cumprimento atempado e integral dos objetivos fixados na Agenda 2030, a garantia da prosperidade económica e a coesão social por toda a Europa, o reforço da cibersegurança e a adesão ao acordo internacional sobre prevenção e preparação para pandemias.
Como tal, sendo vasta e de enorme importância a panóplia de temas que incidem sobre o contexto político europeu, este ato eleitoral deverá ser devidamente individualizado do nacional, e os temas supramencionados deverão ser amplamente abordados e discutidos, de forma a permitir que o eleitorado forme a sua própria opinião, saiba abordar a Eleição com a individualidade e importância que merece, e forme o seu sentido de voto com consciência e informação.
Sem prescindir, e na mesma medida do promovido aquando da Eleição da Assembleia da República, também nas Eleições Europeias deverá ser feito um esforço de forma inverter a tendência que este ato eleitoral comporta – uma elevada taxa de abstenção –, esforço esse que caberá, naturalmente, aos partidos políticos candidatos.
Por fim, gostaria de louvar o trabalho que a Comissão Nacional de Eleições, em parceria com outras entidades, desenvolveu para este ato eleitoral.
Salvo erro, pela primeira vez, contaremos com cadernos eleitorais desmaterializados, que permitirão aos membros das mesas de voto efetuar a verificação e validação dos eleitores através de meios eletrónicos, de forma previsivelmente mais rápida e eficaz.
Quem sabe, teremos à nossa disposição a faculdade do voto eletrónico em atos eleitorais vindouros.
Por: Paulo Gandra