A autarquia destaca, em comunicado, que em resposta ao desafio da “Organização Mundial de Saúde (OMS), abre-se uma reflexão sobre Saúde e Economia de Bem-Estar, com conferências, oficinas e palcos de opinião”.
Citado em comunicado, o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, destaca que este evento é objetivo combater a “desinformação” envolvendo a comunidade local num debate que se pretende científico e “de excelência”.
“Em alinhamento com o Plano Municipal de Saúde, pretendemos através desta iniciativa combater a desinformação, envolvendo a comunidade num debate alicerçado em conhecimento científico de excelência, mas com uma linguagem que toda a gente compreenda. É esse o desafio desta I Bienal da Saúde de Valongo!”, disse.
Falando deste evento, o chefe do executivo referiu que esta bienal será “um espaço de encontro e um estímulo para o exercício da cidadania ativa baseada na informação científica, na escuta de diferentes vozes e na mundividência essencial num tempo de conexões e globalização que não pode descuidar o particular e o único”.
Refira-se que José Manuel Ribeiro fará a intervenção de abertura da I Bienal da Saúde de Valongo.
O programa prevê a discussão de “temáticas atuais com abordagens interdisciplinares e dinâmicas, para discutir a realidade concreta da vida dos indivíduos e da comunidade”.
Machteld Huber será a oradora principal do evento.
“A investigadora neerlandesa, que iniciou a carreira como médica de clínica geral, propõe, a partir da sua própria experiência como doente, uma revisão do conceito de Saúde que a OMS apresenta e que data da década de 40 do século passado e a sua proposta tem vindo a ser debatida na Academia e dentro da própria OMS”, avança o município que adianta que “na abertura desta primeira edição da Bienal de saúde, propõe-se uma atualização do conceito geral de Saúde a partir da proposta de Saúde Positiva de Machteld Huber, integrando as múltiplas dimensões da pessoa”.
A Bienal de Saúde irá contar, também, com as contribuições da” Professora Maria João Batista, Presidente do Conselho de Administração da ULS S. João, e do Arquiteto Luís Nobre, autarca de Viana do Castelo e presidente da Assembleia da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis, que ajudarão a compreender os modelos de gestão de saúde de proximidade e o papel das autarquias na promoção da saúde na comunidade”.
Ainda no primeiro dia desta bienal decorrerá uma oficina “Um futuro um pouco mais azul” que analisará o “envelhecimento da população e as desejadas “blue zones”, sendo dinamizada por Marcelo Vieira. Esta oficina conta com o testemunho de “Lee Chein Earn, que apresentará a experiência de Singapura na criação territórios de longevidade com qualidade”.
O segundo dia da Bienal de Saúde de Valongo está reservado para a análise das cidades saudáveis, com a presença de José Carlos Mota que dará o mote para “um exercício de reflexão sobre a cidade ideal”.
Este debate contará com as intervenções de “Francisco Santos Coelho – Médico de Família; Lara Seixo Rodrigues – Lata 65; Henrique de Barros – Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto; Mirieme Ferreira – Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis”.
Associando-se à celebração dos 50 anos do 25 de abril, a Bienal promove, ainda, o “espaço “Voz dos Jovens” com vários palcos estarão espalhados pelo Fórum de Ermesinde, permitindo a todos os presentes a oportunidade de dialogar com a comunidade juvenil do município.
(Fotografia de destaque: DR)