A cerimónia ficou, também, marcada pela abertura ao trânsito da ponte que ligará duas margens do rio Carvalhosa e trará uma nova dinâmica ao concelho.
O presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, reconheceu, em declarações aos jornalistas e numa alusão à inauguração desta via, que os investimentos realizados em prol da comunidade são consequência da ação governativa e uma herança proveniente do 25 de abril, nomeadamente do reforço do poder local democrático e da sua capacidade em dotar os concelhos de mais e melhores condições de vida para os cidadãos.
Humberto Brito confirmou, ainda, que o 25 de abril permitiu que as comunidades locais se pudessem desenvolver.
“O 25 de abril tem a dinâmica de ter sido resultado de várias pessoas que lutaram pela liberdade de organização, liberdade política. O poder local é um dos pilares fundamentais da democracia que foi capaz de se organizar e criar melhores condições de vida e os cidadãos vivem hoje melhor do que viviam antes do 25 de abril. Há sempre desafios e queremos continuar a fazer face aos desafios que temos pela frente em prol de um concelho mais desenvolvido e mais próspero”, manifestou.
Refira-se que antes da inauguração da Avenida Europa decorreu, nos paços do concelho, a sessão solene comemorativa dos 50 anos do 25 de abril, tendo sido exibido um documentário sobre esta data pela voz de José Carlos Vasconcelos, com guião de Luís Miguel Martins e coordenado pelo Observatório Cultural José Carlos Vasconcelos, num trabalho da autarquia.
António Campos, ex-combatente do ultramar que combateu na Guiné Bissau, aproveitou os 50 anos do 25 de abril, para defender mas e melhores condições para ele e todos quantos lutaram ao serviço da pátria nas ex-colónias.
Além de mais apoios, António Campos recordou que muitos ex-combatentes não têm os apoios e as regalias devidas e sofrem de graves problemas de saúde.
“O 25 de abril é uma data histórica, mas tenho pena que muitos colegas continuem sem aparecer nestas cerimónias porque se sentem desprezados e desmotivados. Sou o soldado desconhecido do nosso governo português”, adiantou, numa referência à falta de apoios a que muitos ex-combatentes continuam sujeitos.