A presidente da Câmara do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, destacou que este parque habitacional, situado na Rua Amália Rodrigues, prevê, a construção de um novo edifício de cinco pisos com 61 habitações distribuídas por quatro blocos habitacionais.
“Serão 46 T2 e 15 T3. Um investimento de 5 milhões e 700 mil euros”, disse, salientando que o direito à habitação é um “direito fundamental consagrado na Constituição da República”.
“É um direito que centenas de famílias marcuenses precisam, que têm direito e esperam com expetativa e diria, até angústia, que é o direito à habitação”, expressou, recordando que a Estratégia Local de Habitação do Marco de Canaveses implicou um trabalho do executivo com as instituições do concelho para “perceber quem eram e quantas as famílias que tinham problemas de habitação”, disse.
A chefe do executivo adiantou, ainda, que desse diagnóstico surgiu um “documento designado ELH, que foi de encontro ás politicas do Governo PS” que permitiu “candidatar e ter aprovados aproximadamente 16 milhões de euros até 2026, com financiamento garantido a 100% através do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência”.
Cristina Vieira recordou que este plano aprovado pelo Governo do PS prevê a construção de “32 mil casas e um investimento de 3,2 mil milhões de euros em todo o país, aumentando 25% o parque de habitação público que foi construído ao longo de décadas (havia, até este plano, 123 mil fogos no país)”.
Falando do Marco de Canaveses, a responsável pelo executivo avançou que serão construídas “130 novas habitações e reabilitar 104 já existentes”, sustentando que o concelho irá ficar com “mais do dobro da habitação pública acessível no concelho”.
“Serão mais de 240 famílias marcuenses beneficiadas por este plano inédito e histórico no Marco de Canaveses. Um plano que foi possível graças ao Governo Socialista, que colocou a habitação no topo das prioridades do PRR, e graças à capacidade por mãos à obra de uma câmara Socialista”, afirmou, confirmando que “esta abordagem proativa, com ação determinada e eficaz, permitiu que o Marco de Canaveses se destacasse como um do município na linha da frente no país na implementação do seu plano de habitação, garantindo que as necessidades habitacionais dos marcuenses serão atendidas de forma abrangente”.
Cristina Vieira relembrou, ainda, que esta obra, na Rua Amália Rodrigues, foi adjudicada, à empresa marcuense Togamil, frisando a importância das empresas que o seu município tem subcontratado no Marco de Canaveses e que “têm sido a mão de obra na ELH”.
“Foi com esta empresa que iniciamos a Estratégia Local de Habitação com o projeto de adaptação da Escola Básica de São Salvador… freguesia de Soalhães, para 4 habitações… que inclusive já foram entregues no dia 6 de dezembro 2023 a quatro famílias, em ‘Regime de Arrendamento Apoiado”, manifestou.
No seu discurso, Cristina Vieira adiantou que o seu executivo tem mais obras em curso, nomeadamente, o “Jardim de Infância de S. Salvador, na Freguesia de Soalhães, para quatro habitações; ao Jardim de Infância de Barreiros, em Penhalonga e Paços de Gaiolo, para três habitações; ao Jardim de Infância de Corredoura, em Várzea, Aliviada e Folhada, para três habitações e às obras que decorrem no Jardim de Infância da Carvalheira, em Bem Viver, para três habitações”.
“E foram aprovadas mais obras, na última sexta-feira, dia 12 de abril, na reunião da câmara de adaptação de edifícios escolares para Habitação em Regime de Arrendamento Apoiado que são o Jardim de Infância do Casal, o Jardim de Infância de Laurentim, ambos na Freguesia de Sande e São Lourenço do Douro e Légua e Outeiro (Constance)”, asseverou.
Cristina Vieira confirmou, ainda, que o seu executivo tem mais projetos em execução num total de 11 edifícios escolares e a Antiga Sede da Junta de Freguesia de Torrão para um total de 37 novas habitações.
“Vamos também construir um outro prédio habitacional na Quinta do Outeiro… em substituição do terreno do Lapoceiro, em Rio de Galinhas para mais 30 habitações que irá muito brevemente a concurso a construção”, concretizou.
“O nosso objetivo é que todos marcuenses tenham uma habitação digna. Estamos a falar de habitações construídas por iniciativa pública, não só para famílias com casos sociais extremos, mas também para outras de classe médio, cujo rendimento não lhes permite suportar uma renda aos preços atuais. Queremos responder às necessidades de as famílias utilizar políticas estruturais e terminar com o estigma da habitação social”, referiu.
Cristina Vieira precisou, também, que o seu executivo está a “trabalhar para garantir toda a transparência e a equidade na atribuição de todas estas habitações”.
“Existe um Regulamento do Parque Habitacional do Município de Marco de Canaveses, que estipula claramente os critérios daquilo que é considerada “grave carência habitacional” e que define a classificação dos candidatos de acordo com a lei os rendimentos e as características dos agregados familiares que se candidatarem”, expressou ainda.
O representante da empresa, Paulo Queirós, relevou a importância deste investimento e confirmou que o novo edifício, situado na Rua Amália Rodrigues, e a dimensão social da mesma.
O empresário assumi ser um “orgulho” contribuir para dotar o concelho de melhor habitação e possibilitar de muitas famílias possam usufruir de habitação a preços acessíveis, que de outra forma teriam mais dificuldades.
Paulo Queirós enalteceu, ainda, o facto de a autarquia privilegiar as empresas do concelho, recordando que, neste caso, os funcionários são do concelho.