A Misericórdia de Lamego levou a efeito uma tertúlia para debater o papel da mulher antes do 25 de abril.
Segundo o divulgado pela Santa Casa, “durante o Estado Novo, o papel da mulher era reduzido à sua condição de mãe e dona-de-casa, quase sempre submissa ao marido. Os direitos eram muito limitados. Não podia votar e era relegada para um plano secundário na família e na sociedade. Para sair, por exemplo, do país ou abrir conta bancária, eram obrigadas a pedir autorização ao marido”, recordam.
Delfina Costa, utente de 82 anos do Lar de Idosos da Misericórdia de Lamego, é testemunha deste tempo e relatou a sua experiência numa tertúlia dedicada ao 25 de Abril que decorreu na Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego.
Esta antiga lojista recorda “que os homens mandavam e as mulheres obedeciam. As regras proibiam o uso de minissaia e de decotes exagerados. A discriminação foi constante ao longo de 48 anos e não havia coragem para lutar contra as regras instituídas”.
Esta tertúlia também contou com a participação de Manuel Coutinho, em representação da Associação de Tropas de Operações Especiais.