O patente risco de cheias no Rio Ferreira, mormente, no lugar de Ferreirinha, merece uma maior atenção por parte destes executivos – mais até do que aquela que é vertida, por parte de alguns autarcas, em meros avisos em publicações nas respetivas redes sociais, ou nos vagos comentários à comunicação social, como se pouco ou nada se pudesse fazer quanto a isto.
Apesar de os desastres naturais – como são as cheias – não serem totalmente previsíveis, grande parte dos seus efeitos são passíveis de serem evitados caso se adotem medidas preventivas, e claro, um eficiente plano de ordenamento territorial.
Deverá, portanto, o executivo municipal, em articulação com o da competente freguesia, e com a maior brevidade possível, aferir a exequibilidade de medidas preventivas – como são o alargamento das margens do Rio Ferreira, a construção de um novo sistema de drenagem, ou mesmo a construção de uma bacia hidrográfica (de retenção) –, sem descurar outras de menor calibre, como são a implementação de práticas de conservação do solo e de controlo de erosão nas áreas de captação da água, e a reflorestação nas áreas circundantes.
Sem prescindir, e em momento ulterior, estes executivos poderão e deverão estudar outras medidas complementares, de forma a melhor valorizar o património natural presente neste lugar.
Não só os habitantes do lugar de Ferreirinha, mas o concelho de Gondomar, como um todo, beneficiaria de uma ecopista (ou de uma ecovia) junto à margem do Rio Ferreira – isto, claro, em momento posterior à tomada de medidas que previnam os efeitos negativos das inevitáveis cheias naquele lugar.
O lugar de Ferreirinha, efetivamente, convida a uma melhoria estrutural e de fundo.
Por: Paulo Gandra