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25 de Abril: a expressão máxima de um desejo coletivo

Quando estamos a celebrar os 50 anos da revolução que nos devolveu a liberdade, começo eu também uma nova rúbrica no Novum, que espero seja regular, com artigos de opinião pessoal e livre, cuja pertinência do momento nos relembra aqueles que nunca tiveram a oportunidade de exprimir as suas ideias e opiniões.

O 25 de Abril de 1974 assinala um dos momentos mais emblemáticos da história, um divisor de águas que derrubou uma longa ditadura e inaugurou uma nova era de liberdade e democracia para o povo português. Nasci em 1973, uns meses antes dessa revolução transformadora, pelo que a minha experiência pessoal com o período de transição é marcada por observações e vivências indiretas, heranças de um passado que se esforçava para não se deixar esquecer nos primeiros anos da minha infância e juventude.

Apesar de não ter vivido sob o jugo da ditadura, os resquícios desse período eram palpáveis no ambiente que me rodeava. A severidade e a disciplina rígida na escola primária, por exemplo, refletiam as sombras de um passado não tão distante. A severidade dos tempos do Estado Novo era um reflexo vivo das práticas e ideologias que a Revolução dos Cravos procurava transformar.

O 25 de Abril foi a expressão máxima de um desejo coletivo por liberdade, justiça e igualdade. A queda da ditadura e a subsequente instauração de um regime democrático abriram caminho para uma sociedade que se queria mais justa, inclusiva e livre. O que a democracia trouxe de novo para Portugal foi a possibilidade de sonhar e de realizar. Trouxe a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, a liberdade associativa, direitos que hoje podem parecer garantidos, mas que, há cinco décadas, eram anseios profundos de um povo silenciado.

É imperativo que as gerações vindouras reconheçam e defendam estas conquistas democráticas como elementos essenciais da nossa identidade coletiva. A defesa destes pilares é uma responsabilidade partilhada, um compromisso com a manutenção e o aprofundamento da democracia, assegurando que o sonho iniciado em Abril de 74 continue a florescer no futuro.

Nuno Serra
Presidente da Mui Nobre Cidade de Lordelo

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