É o caso de Tânia Ferreira, natural de Valongo, emigrante na Alemanha, que aproveitou as férias do filho mais velho e ao fim de quase uma década sem vir a Portugal, resolveu deslocar-se ao país e celebrar a Páscoa com a família.
Esta portuguesa, natural de Valongo, admitiu que apesar de não ser religiosa, esta data é vivida de forma intensa pelas famílias portuguesas que lhe conferem um valor e um simbolismo que não existe noutras latitudes e longitudes.
Tal como noutros países, Tânia Ferreira encontra diferenças culturais na forma como os dois países celebram a Páscoa.
“Claro que há diferenças entre os dois países na forma como celebram a Páscoa. A minha família alemã tem a mesma religião, mas não existe compasso na zona onde me encontro, nem tão pouco os tapetes de flores. Creio que as pessoas também se deslocam à missa, mas verifico que na Alemanha, na Sexta-Feira Santa jejua-se. Aqui come-se peixe, mas na Alemanha as pessoas não comem nada”, disse.
Falando do significado que esta quadra tem para si, Tânia Ferreira admitiu que, embora, esta seja uma data festiva para muitos cristãos não tem para si um significado especial.
“Esta quadra para mim, no fundo, não tem um significado muito grande, sendo um tempo exatamente como no Natal que é dedicado à família”, expressou, salientando que como nesta altura o seu filho mais velho tem férias aproveita para tirar saudades da família.
“Nesta altura, como o meu filho mais velho, também, tem férias escolares isso permitiu-me vir a Portugal e passar a Páscoa. No fundo, venho cá na Páscoa porque coincide com as férias da escola. Na Alemanha a escola é muito diferente da de Portugal e as crianças não podem faltar. Aliás, há uma polícia especial nos aeroportos a verificar, se antes das férias começaram, as crianças estão a sair da escola e isso pode dar problemas para os pais. Por isso, a única razão pela qual vim cá para a Páscoa é pelas férias da escola que coincidem lá como cá”, afirmou.
Tânia Ferreira declarou, ainda, que irá passar a Páscoa no Marco de Canaveses, onde residem os seus avós e uma tia, e confirmando que além da dimensão religiosa, em casa dos seus avós não falta o tradicional pão de ló, o folar, a aletria e o pudim francês.