Refira-se que a “15 de março de 2017 era publicada em Diário da República a criação da Paisagem Protegida Regional Parque das Serras do Porto, fruto do empenho dos Municípios de Gondomar, de Paredes e de Valongo”.
“De cariz periurbano, reconhecido como projeto de interesse metropolitano e integrado na Rede Nacional de Áreas Protegidas, o Parque das Serras do Porto assume-se como um refúgio de proximidade, do qual a população é convidada a desfrutar de forma salutar”, refere a Associação de Municípios Parque das Serras do Porto.
Citado em comunicado, José Manuel Ribeiro, presidente do Conselho Executivo, deu os parabéns a todos os que acreditaram neste projeto de tem como objetivos criar “uma enorme infraestrutura verde na Área Metropolitana do Porto, que irá transformar este território nos próximos anos”.
“Um enorme agradecimento aos autarcas de Gondomar. Paredes e Valongo pela sua ação e contributo decisivo para a concretização deste sonho antigo”, disse.
A Associação de Municípios Parque das Serras do Porto adianta que tem vindo a “investir de forma significativa em intervenções efetivas de melhoria de habitats e de expansão da floresta nativa, assim como no usufruto sustentável da natureza, em estudos e capacitação, divulgação e sensibilização, promoção de parcerias, redes de cooperação e envolvimento cívico, um trabalho já bem visível no terreno e nas dinâmicas instaladas”.
“São já mais de 300 hectares em processo ativo de requalificação ecológica, 18 trilhos pedestres sinalizados, 5 candidaturas aprovadas, 127 escolas integradas no Clube das Escolas, 1 Equipa Operacional diariamente no terreno, 8 livros editados, 19 ações de formação, entre inúmeras outras iniciativas”, acrescenta a Associação de Municípios Parque das Serras do Porto.
A associação reforça que esta “paisagem protegida regional tem conseguido cativar apoio financeiro importante, ao longo dos anos”.
“Atualmente, é o financiamento do Programa LIFE da União Europeia que se destaca, num projeto de mais de 3.6 milhões de euros, que vem consolidar e escalar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em prol da paisagem, da melhoria dos ecossistemas e da biodiversidade”, lê-se na nota infirmativa que nos foi enviada.
“A riqueza patrimonial destas serras é notável. Salienta-se a singularidade geológica, que nos leva numa longa viagem até ao Paleozoico e às famosas trilobites; os habitats e as espécies de fauna e flora nativas, muitas com estatuto de proteção ao abrigo da Rede Natura 2000; as tradições rurais e os vestígios arqueológicos, com destaque para o impressionante complexo subterrâneo romano de mineração de ouro, o maior do Império”, acrescenta a mesma nota informativa.
Ainda de acordo com a Associação de Municípios Parque das Serras do Porto “os vales dos rios Ferreira e Sousa levam-nos a abstrair da agitação do quotidiano, enquanto o efeito miradouro das cumeadas proporciona uma vista panorâmica sobre a urbe envolvente e registos fotográficos ímpares do Porto, do rio Douro e do oceano Atlântico”.
(Fotografia: DR/Parque Serras do Porto)