Paralelamente ao aumento do número de mulheres que hoje praticam o futebol verificar-se que há, também, uma tendência para muitas jovens integrarem a arbitragem.
É o caso de Maria Fernandes, de 14 anos, residente no concelho de Paços de Ferreira, que assume o desejo de querer singrar na arbitragem.
Ao Novum Canal, Maria Fernandes, que frequenta o 9.º ano de escolaridade na EB 2,3 de Eiriz, em Paços de Ferreira, destacou que a afluência do pai, ex-árbitro de futebol, levaram-na a querer fazer um curso de arbitragem.
“De início confesso que não estava motivada, mas com as aulas práticas as coisas começaram a mudar e despertaram algo em mim. Comecei a interessar-me mais pela arbitragem e pelo próprio curso em si, fiz as provas e comecei os jogos que estão a correr muito bem”, disse, salientando que esta tem sido uma experiência única.
“Posso dizer que estou a adorar. Vou estagiar até aos 18 anos, fiz já vários como árbitra assistente e um como árbitra principal”, expressou, relevando ter, neste processo de aprendizagem e formação, o apoio do seu mentor, da família e dos colegas árbitros, assim como de outras entidades e instituições ligadas ao mundo da arbitragem.
“Quero agradecer o trabalho do meu mentor, que tem sido determinante e inexcedível, a própria equipa de arbitragem tem-me apoiado em todos os momentos, assim como a associação, o núcleo e a minha família, que me têm apoiado em todos os momentos”, adiantou.
Maria Fernandes manifestou, ainda, que apesar da arbitragem continuar a ser dominada pelos homens, a visibilidade crescente que o futebol feminino começa a ter, associada à qualidade e competência de várias árbitras que são já uma referência no futebol feminino quer em Portugal, quer noutros países, é hoje inegável, constituindo um fator de motivação para muitas jovens que querem e estão a dar passos no universo da arbitragem.
“Noto que sou respeitada nos jogos, por todos os intervenientes, desde os jogadores, equipas técnicas e mesmo os meus colegas estão comigo, incentivam-me a continuar e a evoluir”, precisou, assumindo que quer ser árbitra internacional.
“Apesar da minha idade, tenho uma ideia bem vincada do que quero fazer e para a idade que tenho as coisas estão a corre. Já estou a entrar e a conhecer melhor aquilo que é o mundo da arbitragem, as suas exigências, os seus meandros”, frisou, assumindo que além da arbitragem tem o objetivo tirar o curso de medicina e ser médica.