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Artigo de Opinião | Assistente Técnico – Mudar de Rumo

Existem 3 pilares base numa sociedade que se quer desenvolvida, democrática e de direito, sendo a saúde um desses pilares fundamentais.
João Batista Matos

Os assistentes técnicos que exercem funções na Saúde, que só no setor público ultrapassam os 17 mil profissionais (dados referentes a dezembro de 2023 – https://transparencia.sns.gov.pt ), são atualmente o único grande grupo que não vê reconhecida a sua atividade por uma carreira específica mais do que justificada. No ano em que o SNS irá completar 45 anos, publicado 15 de setembro de 1979 em Diário da República a lei 56/79, vivemos uma das maiores reformas de que há memória.

A partir do dia 01/01/2024 conforme disposto no DL n.º 102/2023, de 07 de novembro os cuidados hospitalares e os cuidados de saúde primários integraram o mesmo modelo de organização, dando “origem” a 31 novas ULS – Unidades Locais de Saúde, igualmente transitaram 212 USF Mod. A para modelo B e 10 UCSP (Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados) para USF Mod. B, aumentando assim a universalização do modelo assim como garantindo uma resposta moderna e de proximidade para com o utente.

O assistente técnico na área da saúde, colabora diretamente com profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, TS, TSDT, Assistentes Sociais, Psicólogos e os demais no cuidado e atendimento aos utentes, sendo igualmente responsáveis, por prestar suporte técnico e administrativo (Ex: RH, Contratação Pública, Hospital de dia, SU, Consulta Externa) validando assim todos os procedimentos e garantindo o funcionamento das instituições do SNS. É essencial ter habilidades de comunicação eficazes, capacidade de trabalhar em equipa, pensamento crítico, resolução de problemas, literacia em saúde, literacia digital, empatia, etc, sendo um trabalho gratificante, mas que exige comprometimento, responsabilidade e dedicação. Perante o exposto é possível entender o grau de responsabilidade e complexidade que um AT na área da saúde tem durante o seu dia-a-dia no desempenho e exercício das suas funções.

Neste momento e em resposta a um público cada vez mais diferenciado, com o aumento significativo de doentes estrangeiros, é possível perceber a pressão a que o SNS está sujeito, imperando assim a necessidade de reforçar e capacitar todos os profissionais, nomeadamente os assistentes técnicos.

O SPAS – Sindicato dos Profissionais Administrativos da Saúde desde março de 2020 tem trabalhado com vários parceiros (FESAP/UGT, USF-AN, CESPU, ESSSM), chegando igualmente a reunir com alguns partidos políticos com assento parlamentar com intuito de tornar a carreira uma realidade, assim no passado dia 29/02 foi lançada uma petição pública com o propósito de criar uma carreira especial que atribua uma “identidade própria” e acima de tudo que nos confira o reconhecimento que merecemos, porque só assim é que poderemos ter profissionais motivados e capazes.

 

Por: João Baptista Matos

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