A operação, de acordo com as autoridades tem como objetivos executar “ações de sensibilização e monitorização, ações de fiscalização, de vigilância e deteção de incêndios rurais (IR), investigação de causas e os crimes de incêndio florestal e validação das áreas ardidas”.
Com esta operação pretende-se “prevenir, detetar, combater e reprimir atividades ilícitas, garantindo a segurança das populações, dos seus bens e a preservação do património florestal”.
A GNR refere que a operação tem, também, como propósitos fomentar a “promoção de ações de prevenção e sensibilização, em coordenação e articulação com outras entidades, nomeadamente a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), direcionada aos concelhos em que se contabilizaram mais de 100 ignições”.
Pretende-se, ainda, garantir uma “eficiente sensibilização, monitorização e fiscalização, em todo o território nacional, priorizando as freguesias prioritárias, através do reconhecimento e georreferenciação das situações críticas de incumprimento dos critérios de gestão de combustível””.
São, também, objetivos garantir uma “célere investigação e determinação das causas dos incêndios rurais, analisando todas estas ocorrências, compreendendo as suas causas de forma a conhecer o fenómeno regional subjacente às ignições, direcionando posteriormente as ações de vigilância e deteção, otimizando as valências disponíveis”.

As autoridades reforçam que a “severidade dos incêndios rurais de 2017 e o seu impacto dramático constituíram um ponto de viragem na definição e implementação de estratégias que visam assegurar uma eficiente Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI)”.
A GNR relembra em 2023 foram “monitorizados e fiscalizados 14 319 locais, com ausência de gestão de combustível, que deram origem a 7 901 cumprimentos voluntários quanto à limpeza de terrenos, que tinham sido previamente sinalizados”.
A Guarda esclarece que “desde o ano de 2013 até 2023, verificou-se uma evolução positiva no que tange à redução, não só do número de ignições, mas também da própria área ardida, registando-se menos 46% de incêndios rurais e menos 72% de área ardida, relativamente à média anual do período, tendo 2023 apresentado o valor mais reduzido em número de incêndios rurais e o 3.º valor mais reduzido no que à área ardida diz respeito, desde 2013”.
Sobre as causas dos incêndios rurais, as autoridades verificam que continua a “carecer particular atenção, o uso do fogo pelas comunidades mais rurais, na realização de queimas e queimadas, o qual continua a ser realizado através de perceções perante o risco de incêndio florestal muito assentes no costume e em crenças desatualizadas relativamente ao clima atual, representando cerca de 32% das situações”.
A GNR reitera que para 2024, constitui uma “prioridade reduzir o número de ignições, através de ações de sensibilização e demonstração do uso correto do fogo, particularmente direcionada aos concelhos em que se contabilizaram mais de 100 ignições, nomeadamente, Ponte da Barca, Paredes, Vila Nova de Gaia, Amarante, Penafiel, Lousada, Gondomar, Montalegre, Fafe, Arcos de Valdevez, Vila Verde e Marco de Canaveses”.
(Fotografias: DR/GNR)