“O Vale Sagrado” de Joel Cleto e agenda cultural apresentados

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O mais recente trabalho do conhecido historiador Joel Cleto “O Vale Sagrado” e a agenda cultural de Valongo foram apresentados, esta terça-feira, na Oficina da Regueifa e do Biscoito de Valongo, num evento organizado pela autarquia que contou com a presença de muito público.

Joel Cleto, falando da sua mais recente obra, destacou que este livro se integra numa coleção que a autarquia tem vindo a produzir integrada naquilo que são as logomarcas do território, constituindo um guia dos símbolos patrimoniais religiosos existente no concelho.

“O património religioso integra-se nestas logomarcas. Entre estes símbolos emerge o património religioso. O concelho de Valongo apresenta uma forte identidade dos laços de vizinhança, da sua identidade e de comunidade em torno do património religioso. Estamos a falar de património material, imaterial e móvel”, disse, referindo-se à manifestação de São João de Sobrado, as procissões na cidade de Valongo, a festa das Rosas no Santuário de Santa Rita, em Ermesinde, como manifestações únicas no território.

“Há de facto um património identitário forte e o património é esta forma das pessoas se identificarem com o território. O livro dá a conhecer todas estas manifestações religiosas e culturais. Percorrer este livro é percorrer o território”, frisou.

Joel Cleto adiantou, ainda, que este é um trabalho de toda uma equipa que teve algumas vicissitudes, desde logo a pandemia.

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“Muitas procissões estiveram condicionadas. Aliás, o livro é uma obra datada. Da mesma forma que nos séculos anteriores houve outros inventários do património religioso, esta obra teve também a preocupação de fazer esse inventário para, quem sabe, daqui a muitos anos estabelecer as diferenças e perceber como este património evoluiu”, afirmou.

José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo, confirmou que o Joel Cleto é já um embaixador do concelho cuja obra reproduz a riqueza e diversidade património material e imaterial.

“O Joel Cleto traçou a riqueza material e imaterial do património religioso existente no concelho, disponibilizou-se já em 2029 a fazer um livro sobre este vasto espólio que é mais uma ferramenta para contar as histórias, a história deste concelho e da sua identidade. É mais um contributo para gerar e disseminar conhecimento e conseguirmos legitimar a nossa identidade”, confirmou.

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Falando da agenda cultural, o autarca relevou a qualidade da mesma e a aposta na diversidade de eventos culturais que são já uma referência no concelho e na região.

“Esta é uma agenda anual, é a primeira vez que é apresentada com esta ambição, espelha bem a ambição da cultura no concelho de Valongo, a política cultural de construção de cidadania e a construção de identidade que temos privilegiado. Quero dar os parabéns à equipa da cultura pelo trabalho que desenvolveu”, asseverou.