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FNAM estima que greve dos médicos foi na ordem dos 85%

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) estima que a greve dos médicos, que decorreu na terça e quarta-feira, foi na ordem dos 85%.

A FNAM adianta, em nota que partilhou na sua publicação oficial, que “milhares de cirurgias canceladas são responsabilidade das políticas de Saúde do Ministério de Manuel Pizarro, que empurrou os médicos para a greve nacional entre 14 e 15 de novembro e em desprezo pelos utentes e pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, salientando que a “adesão global de dois dias de greve nacional foi na ordem dos 85%”.

A federação esclarece que as “concentrações realizadas em Lisboa, Porto e Coimbra, no primeiro dia da greve, tiveram uma boa participação, com centenas de médicos a marcar presença nas concentrações realizadas no Hospital de São João, no Hospital da Universidade de Coimbra e no Hospital Santa Maria, que deram voz às preocupações dos médicos e dos utentes, que responderam ao apelo da FNAM”.

A FNAM lamenta que Ministério da Saúde (MS) ainda não tenha reagendado a reunião de 8 de novembro, que “cancelou, sem explicação”.

“Ao contrário de outros ministérios que retomaram negociações depois desta crise política, o Ministério da Saúde (MS) ainda não reagendou a reunião de 8 de novembro, que cancelou, sem explicação, numa altura em que o SNS está em grande agonia, com encerramento e caos instalados nos serviços de urgência de norte a sul do país, por falta de médicos”, frisa.

“Os médicos exigem a Manuel Pizarro, que continua em plenitude de funções, a retoma das negociações, de forma séria e competente, e que seja capaz de produzir um acordo que incorpore as soluções que os médicos têm para salvar o SNS”, acrescenta.

A FNAM deixa, ainda, um “ apelo à fiscalização abstrata do diploma da Dedicação Plena, legislado unilateralmente pelo Governo”, salientando que este “é abusivo, acarreta mais trabalho e que coloca em risco a segurança de médicos e doentes”.

Fotografias: DR/foto de capa – fotografias de arquivo

 “Pelo Presidente da República, Procuradoria-Geral da República e Provedoria de Justiça, pedimos ainda uma audiência urgente à Comissão Parlamentar da Saúde e apoiamos todos os médicos que manifestam intenção em recusar adesão à Dedicação Plena que, apesar de ser voluntária, é obrigatória para todos aqueles que vierem a integrar Unidades de Saúde Familiar e os Centros de Responsabilidade Integrados”, avança a FNAM.

A federação adverte que enquanto aguarda que o Ministério da Saúde assuma as suas “responsabilidades e convoque os sindicatos para a mesa das negociações, continuará a apoiar todos os colegas que entregaram as declarações de indisponibilidade para fazer mais trabalho suplementar para além do limite legal anual de 150 horas e levaremos uma delegação a Bruxelas, no próximo dia 17, para reunir com os eurodeputados e a Comissária para a Saúde, Stella Kyriakides”.

A FNAM informa que irá apresentar em Bruxelas, um retrato da situação dramática que se vive na saúde em Portugal e neste âmbito, as soluções para que se recupere, com urgência, a carreira médica e o SNS.

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