A medida pretende capacitar alunos para uma correta e rápida intervenção para salvar vidas e permitiu já formar 760 alunos do 11.º ano de escolaridade do concelho de Penafiel.
Ao longo da manhã decorreram várias formações em SBV para alunos do 11º ano de escolaridade deste agrupamento.
Esta formação SBV permitiu aos alunos adquirir um conjunto de procedimentos que visam a recuperação da vida de uma vítima de paragem cardiorrespiratória (PCR), até à chegada de ajuda especializada.
Os alunos além de aprenderem a agir em casos de emergência médica, adquiriram conhecimentos de como fazerem manobras de reanimação e o que fazer perante uma vítima em paragem cardiorrespiratória.
O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, relevou a importância deste tipo de ações.
“Fizemos esta aposta direcionada paras os alunos do ensino secundário porque têm já um grau de maturidade para intervirem numa circunstância de risco, e com este curso ficamos com mais 760 jovens habilitados a intervirem numa situação de emergência e isso é importante porque pode fazer a diferença entre a vida e a morte”, disse.
O chefe do executivo municipal de Penafiel, em declarações ao Novum Canal, afirmou que este processo irá continuar já no próximo ano.
“Queremos que este processo continue e no próximo ano iremos voltar a esta parceria de forma a habilitarmos mais jovens para que possam ficar habilitados com as competências necessárias a uma intervenção primária de socorro. Este é um investimento que faz todo o sentido nas escolas do concelho”, expressou.
Filipe Serralva, médico da VMER do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa e responsável pelo projeto “Somos Um” destacou que esta parceria é positiva, sendo objetivo do projeto continuar a formar alunos.
“Queremos formar cerca de 780 alunos por ano. Todos os anos queremos que os alunos façam esta formação e iremos, para o ano, ter mais novidade. Com a nossa sede sede em Penafiel conseguiremos incrementar mais projetos. Esta é uma parceria que permite juntar as necessidades sociais entre os jovens e o conhecimento científico. Este projeto quer dotar a população de conhecimentos nesta área. Em Portugal apenas existem 19%, com conhecimentos nesta área, quando a média europeia é de 58%. Este projeto permite garantir que as vítimas têm mais hipóteses de serem reanimadas quando chega um meio de socorro”, atalhou, sustentando que o objetivo destas ações passa por ter uma base forte no socorro, promovendo, ao mesmo tempo, a mudança geracional através dos mais jovens.
A presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Mariana Carvalho, além da vertente pedagógica que presidiu a esta ação de formação, relevou a importância social desta atividade.
“Há uma vertente social importante informal, mas certificada. Em qualquer momento poderemos passar por uma situação de uma paragem cardiorrespiratória, pelo que dispor de alunos formados neste domínio é uma mais-valia para a comunidade escolar e para a sociedade. Além de excelentes alunos, queremos, igualmente, investir e contribuir para a sua formação enquanto bons cidadãos”, adiantou.
Raúl Ribeiro, presidente da Associação de Pais da ES Joaquim Araújo, relevou, também, a importância da comunidade escolar e dos alunos disporem de competências, também, neste domínio.
“Quando em 2020 lançamos este desafio não imaginávamos que chegasse ao ponto onde chegou, mas é evidente que além de vertente pedagógica, o projeto tem uma vertente civil e social, estamos a formar alunos que serão a próxima geração e poderão dar também contributos importantes nesta área”.
O diretor do Agrupamento de Escolas Joaquim Araújo, Amândio de Oliveira Azevedo, enalteceu, igualmente, esta atividade, confirmando que estas ações além de permitirem a aquisição de saberes e competências, permitem adquirirem novas competências numa área tão sensível e vital como é o suporte básico de vida.
“Estes alunos ficaram com competências válidas que lhes vão permitir atuar numa situação de emergência, caso esta possa ocorrer. Este projeto tem, também, uma vertente social. Quero que os alunos do meu agrupamento sejam excelentes alunos, mas acima de tudo bons cidadãos e isto é um ato de cidadania”, afirmou.
Iara Ferreira, aluna do 11.º ano de Humanidades, da ES Joaquim Araújo, enalteceu a importância destas ações, reconhecendo que estas contribuem para a aquisição de saberes e competências.
“É fundamental que todas as pessoas absorvam estes procedimentos e conhecimentos”, asseverou.
Joana, aluna do 11.º ano, atalhou pelo mesmo diapasão, quanto à importância desta ação.
“Com estas bases conseguimos salvar vidas, transmitir conhecimentos aos nossos familiares e seria importante fazer chegar estes procedimentos a outras escolas”, manifestou.
Pedro Luís, da Associação Nacional de Emergência Socorro e Catástrofe, fez um balanço positiva desta atividade.
“iniciamos com as escolas do ensino secundário de Penafiel e é para nós um orgulho verificar que conseguimos provar que é possível certificar uma grande quantidade de alunos. Queremos replicar esta ação no concelho, mas também na região e no país. Queremos que este curso passa a fazer parte do programa escolar”, acrescentou.
Marcaram, ainda, presença nesta ação, Luís Lobo, do Diretor Regional do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), António Gandra, do diretor Regional do Norte da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE).
No âmbito desta campanha, todos os alunos receberam um kit com uma “Máscara Facial de Reanimação – Pocket Mask”.
(Fotografia de capa: DR/foto – Câmara de Penafiel)