O número de inscritos no ensino superior atingiu um número recorde no ano letivo 2022/2023, com 446 028 alunos – um acréscimo de 12 811 face ao ano letivo anterior, que se traduz num aumento de 3%.
O Ministério do Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destaca, no Portugal.gov.pt, que este resultado vem “reforçar a confiança de que Portugal está no bom caminho para atingir as metas de qualificação de longo prazo, que visam atingir até 2030, uma taxa média de frequência no ensino superior de 60% nos jovens com 20 anos, bem como 50% de diplomados do ensino superior na faixa etária entre os 30 e os 34 anos”.
O mesmo portal declara que o “número de inscritos no ensino superior nacional tem vindo a aumentar sucessivamente, desde que atingiu um mínimo de 358 450 em 2015/16, tendo crescido 24% desde então”, salientado que os dados divulgados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) para o ano letivo de 2022/2023 revelam que: “se inscreveram 446 028 estudantes em instituições de ensino superior, dos quais 359 397 no ensino superior público e 86 631 no ensino superior privado”.
Ainda de acordo com estes dados, “no ensino superior público, estavam inscritos 223 564 estudantes em estabelecimentos de ensino superior universitário e 135 833 estudantes em estabelecimentos de ensino superior politécnico”.

Os indicadores esclarecem, ainda, que “75% dos estudantes estavam inscritos em ciclos de estudos de formação inicial, distribuídos por 21 263 em cursos técnicos superiores profissionais, 277 206 em licenciaturas e 37 201 em mestrados integrados”, sublinhando existir “um crescimento nos 2.º e 3.º ciclos, com 82 610 inscritos em mestrados e 25 202 inscritos em doutoramentos”.
A DGEEC informa, ainda, que as áreas “Ciências Empresariais, Administração e Direito”, “Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção” e “Saúde e Proteção Social” apresentaram a maior expressão com, respetivamente, 98 723 (22%), 88 550 (20%) e 68 941 (16%) estudantes;”.
“De entre os mais de 446 mil inscritos, 155 082 inscreveram-se pela primeira vez no 1º ano”, refere, por outro lado, a DGEEC que sublinha que “nos inscritos pela primeira vez no 1º ano, os dados revelam a presença de mais mulheres do que homens em quase todas as áreas de educação e formação, sendo essa presença mais expressiva em “Educação”, “Artes e Humanidades”, “Ciências Sociais, Jornalismo e Informação”, “Ciências Empresariais, Administração e Direito”, “Ciências Naturais, Matemática e Estatística”, “Agricultura, Silvicultura, Pescas e Ciências Veterinárias” e “Saúde e Proteção Social””.
Ainda de acordo com estes indicadores “os estudantes do sexo masculino assumem maior representatividade nas áreas de “Tecnologias de informação e comunicação”, “Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção” e “Serviços””
Os dados indicam que “74 597 dos inscritos são estudantes estrangeiros que escolheram Portugal para adquirir uma formação superior, seja em grau ou em mobilidade, representando 17% do total de inscritos”, declarando que “nos estabelecimentos de ensino superior encontravam-se inscritos 17 822 estudantes, ao abrigo de programas de mobilidade internacional de crédito (exemplo o Programa Erasmus), o que vem confirmar a tendência de crescimento registada nos últimos anos pós-pandemia”.
“No caso dos estudantes inscritos para a frequência de um ciclo de estudos integralmente em Portugal, estes são maioritariamente originários do Brasil (17 028), da Guiné-Bissau (6910), de Cabo Verde (6449), de Angola (5292) e de França (3406)”, precisa, ainda, a DGEEC.