O PSD Paredes manifestou reservas, na ultima reunião de câmara, quanto à implantação de uma unidade local de saúde acoplada ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Hospital Padre Américo de Penafiel.
Ricardo Sousa, líder da bancada do PSD no executivo municipal e responsável pela Comissão Política Concelhia do PSD, mostrou-se cético quanto à criação desta unidade e eventuais vantagens para os utentes, tendo solicitado, inclusive, no período antes da ordem do dia uma, uma posição do executivo municipal relativamente a esta matéria.
“O PSD quer saber o que está a ser formatado relativamente a esta unidade. Na nossa ótica, esta unidade não dará resposta, ainda por cima se tivermos em conta que o hospital foi construído para um universo de cerca de 200 mil pessoas e hoje dá resposta a mais de 500 mil utentes. Como a unidade local de saúde teria de ser maior e os cuidados primários de saúde de excelência, manifestamos as nossas dúvidas”, disse, reiterando reservas quanto à sua eficácia e eficiência.
Ricardo Sousa referiu que o Estado não tem dado resposta àquilo que são as necessidades dos utentes no domínio da saúde, deixando, ainda, algumas críticas relativamente ao facto de estar a ser construído um hospital privado em frente ao Hospital Padre Américo.
“Esta é uma matéria fundamental para os paredenses. A saúde é um dos pilares da saúde. Estamos a construir um hospital privado em frente ao hospital Padre Américo. O PSD gostava de saber qual a posição do executivo municipal face a esta unidade local de saúde que está a ser lançada pelo ministro da saúde e se concorda que ela seja feita desta maneira ou não?”, questionou.
Refira-se que as unidades locais de saúde irão abranger todo o país.
Um novo modelo de organização
O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, numa cura intervenção e em jeito de esclarecimento recordou que a unidade local de saúde é uma nova forma de organização dos cuidados de saúde entre o CHTS e as unidades de saúdes familiares.
“Se se está a tentar constituir uma nova forma de organização que possa interligar as unidades de saúde e os hospitais, não vejo nenhuma razão para que se não avance com este modelo e forma de organização. Na certeza porém que só funcionará melhor quando for aumentada a sua capacidade. Estamos a falar de um hospital que está subdimensionado face à população que serve”, expressou.
O chefe do executivo relembrou que, quanto às unidades de saúde familiar existentes no concelho, a autarquia irá avançar com obras em todas as unidades.
“É nosso objetivo submeter candidaturas até ao final do mês de setembro de forma a melhorar as suas condições”, avançou.