Amâncio Andrade é emigrante na Austrália há 21 anos.
Tal como muitos emigrantes, Amâncio Andrade confirmou que foi a procura por melhores condições de vida e de uma vida digna que o levaram a sair do país e a rumar, ainda muito jovem, com apenas 19 anos, para um país tão distante como a Austrália.
Além da procura de melhores condições financeiras, Amâncio Andrade não nega, contudo, que a sua vontade de sair de portas teve uma pitada de espírito de aventura a que não é alheio o facto de ter decidido emigrar apenas com 19 anos.
E apesar da tenra idade, aventurou-se a viajar sozinho e lá foi estrada fora a desafiar o destino.
Atualmente, tem mulher e filhas e é por elas que continua na luta.
Ao Novum Canal, este Amâncio Andrade realça que este é um ano especial. Não visitava a sua terra natal há 11 anos, devido aos custos inerentes a uma viagem que incluiu toda a família.
“Em Portugal exercia a profissão de carpinteiro, mas na Austrália estou ligado à construção civil. Emigrei para encontrar melhores condições de vida. Fui para a Austrália sozinho com 19 anos”, disse.
Também é um lugar comum refletir sobre as diferenças entre o país de acolhimento e o país natal.
Falando das condições económicas entre Portugal e a Austrália, Amâncio não tem dúvidas que país de acolhimento está num patamar superior ao de Portugal, seja em termos de saúde e educação. .
“Estamos a falar de países completamente diferentes. As escolas são diferentes, existem excelentes hospitais. O sistema de saúde da Austrália é muito melhor”, frisou.
Ainda assim e apesar de tudo, Amâncio Andrade, sonha em regressar um dia.
“Um dia gostava de voltar à minha terra natal. Para já é muito cedo. O nosso país não tem condições para acolher os seus emigrantes. O governo devia dar mais oportunidades aos portugueses”, atalhou, sublinhando, visivelmente emocionado, ainda não saber quando voltará a ter uma nova oportunidade de regressar a Portugal e à sua terra natal.