A tradição ainda é o que era na Agrival 2023, e como tal o Concurso “Melão Casca de Carvalho” não podia faltar.
Nesta edição os três primeiros lugares foram para Lousada.
O concurso deste ano, que contou com a presença de 17 produtores, foi ganho por Hélder António Pinto, tendo Agostinho Pinto e Joana Catarina Magalhães arrecadado o segundo e o terceiro lugar, respetivamente.
Hélder António Pinto, em declarações ao Novum Canal, afirmou estar “orgulhoso” pelo prémio obtido, logo na sua primeira participação, num concurso que é uma referência na Agrival e que conta com os melhores produtores da região.
“Foi o meu primeiro prémio, não estava nada à espera”, disse ainda visivelmente emocionado.
O vencedor assumiu que o melão casca de carvalho distingue-se pelo aroma, pela sabor agridoce, o sabor apimentado e pela sua casca, características que fazem deste um produto tão apreciado e degustado na região do Tâmega e Sousa e noutras.
“São estes ingredientes que lhe conferem o sabor e as características que um melão deste género deve ter. Sou produtor há pouco tempo, aprendi com o meu pai que produz há vários anos”, disse, assumindo que este prémio é, também, um reconhecimento pelo seu trabalho.
“Há todo um trabalho prévio que é necessário fazer e que é determinante para depois se ter um produto de qualidade”, afirmou, sustentado que vai continuar a produzir melões casca de carvalho.
Adolfo Amílcar relevou a importância deste concurso para a promoção do melão casa de carvalho no concelho e na região, assumindo que este é uma iguaria de “excelência” o que faz com que seja tão apreciada e procurada.
O autarca relevou, também, o potencial gastronómico deste produto, sendo reconhecido pelo seu valor turístico e cultural.
“Este ano não foi um ano propício à produção de melões casca de carvalho devido ao calor excessivo que se tem feito sentir, mas ainda assim este concurso contou com três ou quatro melões de excelente qualidade. Não podem ganhar todos. A votação para escolher o segundo e o terceiro foi renhida, embora o melão que tirou o primeiro lugar se tenha destacado dos demais”, adiantou, salientando que este concurso continua a ser uma referência para os produtores desta iguaria e mantém a sua dinâmica.
“No ano transato tivemos 21, 22 melões, este ano foram dezassete, mas, com disse as condições climatéricas, o excesso de calor, fizeram-se sentir, alguns ter-se-ão queimado, mas temos, ainda melões de qualidade. Estou satisfeito com a adesão dos produtores”, expressou, sublinhando que este é um produto que potencia o concelho e é uma iguaria que deve continuar a ser apoiada e valorizada.
Antero Rodrigues, responsável pela feira na área agrícola, recordou que este concurso já existe há vários anos.
“O concurso existe desde o início da feira. Este ano concorreram 17 exemplares, todos eles bons, mas o júri foi unânime na escolha dos três melões. Este concurso não pretende ser uma disputa. Este é um produto endógeno que tem inúmeras potencialidades e que foi criado com o objetivo de promover e valorizar esta iguaria e a região”, manifestou.