A Associação Nacional dos Cuidados Continuados afirma estar preocupada com fecho de unidades cuidados continuados, salientando que em apenas “quatro meses do ano de 2023, mais quatro unidades vão fechar” devido ao “subfinanciamento”.
A associação avança que tem vindo a “alertar e denunciar” e que “a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) está realmente a colapsar devido ao subfinanciamento”.
De acordo com esta associação, este ano são já “cinco as Unidades de Cuidados Continuados que informaram que vão fechar, as quais juntas somam 122 camas, que se juntam assim às 220 camas que já tinham encerrado nos últimos dois anos, perfazendo um total de 342 camas que a RNCCI perde em pouco mais de dois anos”.
“É caso para perguntar ao Governo que sentido faz lançar um PRR para construção de 5.500 novas camas em Cuidados Continuados? Se é o mesmo Governo que causa o encerramento das camas já existentes”, refere José Bourdain, presidente da direção da Associação Nacional dos Cuidados Continuados em nota informativa enviada aos órgãos de comunicação social.
José Bourdain questiona, ainda, se “haverá entidades a candidatar-se a essas novas camas, sabendo que: o PRR apenas financia 30% do investimento a fundo perdido; que para os restantes 70% as entidades terão de se endividar na banca; que as taxas de juro estão a subir fortemente”.
“E haverá quem queira investir em Cuidados Continuados e endividar-se sabendo que à partida existe subfinanciamento para a gestão diária destas Unidades?”, pergunta, ainda, pedindo ao Governo que esclareça “o que pretende para a Rede Nacional de Cuidados Continuados”.
