O momento mais simbólico das celebrações, em Lamego, do 49º aniversário da histórica madrugada do 25 de Abril de 1974 foi a realização da sessão solene da Assembleia Municipal Comemorativa do Dia da Liberdade, tendo como orador convidado Sebastião Bugalho, uma das mais proeminentes vozes da sua geração.
No seu discurso, o jornalista e comentador televisivo sublinhou que “cabe-nos a nós, agora, para os próximos 49 anos da Terceira República ultrapassar o melhor que soubermos os vários impossíveis que nos calharem. Devemos fazê-lo com uma cidadania ativa, consistente e crítica e com uma política nobre, elevada e que sirva o outro”.
“O 25 de Abril, afinal de contas, é a mais luminosa das nossas impossibilidades, a mais comovente daquelas impossibilidades que nós, portugueses, tornámos possíveis”, defendeu.
O presidente da Assembleia Municipal, Ricardo Morgado, garantiu o “compromisso inabalável com a Democracia e a Liberdade perante a memória daqueles que serviram o Município de Lamego”.
“O 25 de Abril foi uma rutura, que permitiu que emergisse com ela a expectativa da transformação. Foi uma transição de regime que, olhada retrospetivamente, nos permite ter um padrão de estabilidade institucional, partidária e política. Foi uma festa, que nos tem permitido aceitar o protesto e a diferença de opinião como processos normais”, fundamentou.
Com um Salão Nobre repleto de pessoas “de cravo ao peito”, esta cerimónia ficou ainda marcada pela atuação da Academia de Música de Lamego que brindou o público com um momento musical.
Lamego celebrou ainda, no dia de ontem, a liberdade e a cidadania em Democracia com música de Jorge Palma subiu ao palco do Teatro Ribeiro Conceição.